terça-feira, 24 de agosto de 2010

Medicamentos manipulados evitam o desperdício de remédios

Elaborados na dose recomendada pelos médicos, a fórmula é adequada a necessidade individual de cada paciente.

A indústria farmacêutica oferece remédios em dosagens padronizadas, vendidos em quantidade maior ou não suprem a prescrição pelos médicos e geralmente são fabricados para uso oral.

A farmácia magistral ou farmácia de manipulação elabora a dose exata recomendada aos pacientes, com indicação de composição qualitativa e quantitativa, da forma farmacêutica e da maneira de administração. Além disso, é possível economizar na compra, pois só é consumido o que exatamente foi prescrito.

O índice de desperdício no Brasil é alto. Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), existe a estimativa que 20% de toda produção farmacêutica foram descartados apenas em 2005, um prejuízo de mais de R$ 4 bilhões, em pesquisa realizada no mesmo ano. Sem contar com o risco de automedicação quando se têm remédios em casa. Nos últimos dez anos, 28% das intoxicações aconteceram por uso indevido de remédios.

Qualquer pessoa pode usufruir medicamentos manipulados, pacientes sob tratamento da dor terminal, tratamento de reposição hormonal com hormônios bioidênticos, pacientes de traumatologia (atletas profissionais, amadores ou olímpicos), pacientes tratados por dentistas, dermatologistas, pacientes hipersensíveis a cosméticos ou alérgicos e todos aqueles que estão sendo tratados com sucesso utilizando-se de medicamentos prescritos por profissionais de saúde habilitados e manipulados em farmácias.

Esse tipo de medicamento é elaborado através de um processo magistral de acordo com a legislação da ANVISA no qual acontece a preparação, a mistura, processamento, embalagem ou rotulagem de droga ou dispositivo, como resultado de uma prescrição de um profissional habilitado.

Outro benefício da farmácia magistral é manipular medicamentos em cápsulas ou comprimidos que não precisam ser partidos ao meio, caso comum em remédios industrializados. Em estudo realizado por farmacêuticos magistrais foi constatado que ao ser partido o comprimido tem grande variação de peso e teor de princípio ativo o que interfere no resultado desejado, principalmente se o mesmo for de liberação sustentada, quando solta o principio ativo o dia inteiro ou atinge uma área do corpo específica. Dessa forma, a posologia não fica garantida, o que pode comprometer não só o tratamento, mas também a saúde do paciente.

Os pacientes crianças e idosos nem sempre conseguem ingerir comprimidos grandes ou na forma líquida, este último nem sempre tem a eficiência terapêutica necessária. Como comprimidos não são fabricados em diversos tamanhos, é possível manipular de acordo com a necessidade e condições de cada paciente.

Os medicamentos magistrais tiveram um grande crescimento nas últimas duas décadas devido ao aprimoramento dos farmacêuticos nas terapêuticas individuais dos pacientes, que nem sempre podem ser atendidas por medicamentos industrializados e proporcionam um melhor resultado no tratamento de cada paciente.

Sobre a Anfarmag

A Anfarmag – Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais representa os interesses institucionais de estimadas 7.800 farmácias que estão registradas nos conselhos farmacêuticos de todo o país como atuantes na manipulação de medicamentos. Atuam no setor aproximadamente 15.000 profissionais da área e 35.000 outros colaboradores, que atendem anualmente 100 mil prescritores e um universo de 60 milhões de pessoas.

A atuação da Anfarmag em defesa e promoção da farmácia e do medicamento magistral no Brasil resultou numa série de atividades e conquistas que têm alterado o perfil do setor nos últimos anos.

O trabalho da instituição tem abrangido ainda o relacionamento com os prescritores, especialmente médicos, por meio da edição de guias profissionais que colaboram para as políticas públicas que propunham o uso racional de medicamentos.

Quinze motivos para entender o porque seu médico prescreveu um medicamento manipulado

No Brasil como em todo mundo centenas de milhares de médicos das mais diversas especialidades e outros profissionais também habilitados para prescrição beneficiam pacientes prescrevendo medicamentos que precisam ser preparados ou customizados por farmácias altamente especializadas e popularmente conhecidas tanto no meio científico como pela população em geral como Farmácias de Manipulação.

Nos Estados Unidos da América, o FDA, “Food and Drug Administration” órgão federal responsável pelo controle dos alimentos, suplementos alimentares, medicamentos, cosméticos, equipamentos médicos, materiais biológicos e produtos derivados do sangue humano, e no Brasil a Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que cumpre a mesma função reconhecem o importante papel exercido pelas farmácias magistrais e apóiam de forma incisiva a prática da manipulação de medicamentos sempre em observância restrita ao total atendimento da legislação vigente.

Embora a contribuição para a saúde pública no Brasil e no mundo seja incontestável, muitas pessoas seja pela falta de informação seja por informações equivocadas, ainda desconhecem todos os benefícios relativos aos bons e em muitos casos exclusivos serviços prestados pelas farmácias magistrais e por farmacêuticos especializados como, por exemplo, a responsabilidade crítica da produção e adequação ou customização de medicamentos com dosagens e apresentações específicas para cada paciente, atendendo a individualidade de cada um, porém seguindo estritamente as orientação e prescrição médica, o que não ocorre na indústria farmacêutica de produtos terminados, na qual as dosagens e as concentrações são padronizadas.

Dentre os inúmeros benefícios da utilização de medicamentos manipulados podemos destacar entre muitos outros o exemplo da possibilidade de auxiliar no tratamento das crianças, substituindo, quando avaliado e devidamente recomendado pela prescrição dos médicos pediatras, apresentações farmacêuticas como os comprimidos e as cápsulas (industrializados) por apresentações mais práticas de administração como xaropes e suspensões manipuladas e até mesmo, em alguns casos especiais balas, pirulitos e géis com as mesmas dosagens eficácia e segurança, uma vez que o publico especifico, as crianças, podem apresentar algum nível de dificuldade em ingeri-las, garantindo assim, maior comodidade posológica, maior cumprimento da terapêutica escolhida e conseqüentemente maior e melhor possibilidade de êxito do tratamento.

Atualmente, a única forma de ter acesso a esses medicamentos não mais produzidos em escala pela Indústria é obtê-los por meio das farmácias de manipulação. Como a maioria das matérias-primas é importada, a comercialização de medicamentos industrializados pode sofrer algum tipo de problema em virtude de variações de demanda ou capacidade produtiva exemplo que aconteceu no Brasil no final dos anos 80. Na maioria dos casos, estes medicamentos podem e devem ser manipulados por vários motivos, ou para atender essa necessidade até que o medicamento industrializado retorne ao mercado ou por simples opção terapêutica do Prescritor.

Na qualidade e a segurança dos medicamentos magistrais, nos últimos anos grandes passos têm sido dados. As farmácias magistrais e os medicamentos produzidos por ela fazem parte de um setor altamente regulado, permanentemente inspecionado por órgãos reguladores. Tanto as Farmácias como os Farmacêuticos Magistrais são profissionais que também são sistematicamente fiscalizados pelo Conselho Federal de Farmácia e respectivas representações regionais.

O próprio setor tem implementado ao longo dos últimos anos diversos programas de qualidade e desde 2006 implanta um forte programa de auto-regulação que o tem diferenciado denominado como Sistema Nacional de Aprimoramento e Aperfeiçoamento Magistral (SINAMM), desenvolvido pela Anfarmag (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais). Nele, os farmacêuticos participam de um programa de educação continuada, além de proporcionar ao estabelecimento melhor excelência técnica, alto padrão científico, rígidos controles de segurança e melhores práticas gerenciais ao dia-a-dia.

Para participar do SINAMM, as Farmácias e respectivos farmacêuticos magistrais são obrigados a atender normas rígidas e altos padrões de qualidade sendo constantemente verificados e analisados através de auditorias independentes, garantindo assim, uma chancela de qualidade e um alto padrão do serviço e da qualidade do produto manipulado.

Fonte: Olhar direto

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