sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pesquisa em saúde ganha portal na internet

Produção científica em saúde

A produção científica dos 14 órgãos (entre institutos e unidades) ligados à Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo será reunida na internet no Saúde-SP Portal de Revistas, já disponível na internet.

De acordo com Sueli Gonsalez Saes, dos 14 órgãos, oito são de pesquisa (Adolfo Lutz, Butantan, Clemente Ferreira, Dante Pazzanese de Cardiologia, de Infectologia Emílio Ribas, de Saúde, Lauro de Souza Lima e Pasteur) e os demais são centros de vigilância epidemiológica, vigilância sanitária e outros.

"O portal busca dar visibilidade às produções científicas desses órgãos ligados à Secretaria, ampliando o acesso ao nosso banco de dados sobre saúde pública. Não havia uma unidade editorial nas publicações, mas agora queremos padronizá-las e indexá-las", disse Sueli.

Conhecimento em saúde pública

O objetivo é oferecer acesso a textos completos das coleções de periódicos, de modo a ampliar e divulgar o conhecimento técnico e científico produzido no âmbito da saúde pública no Estado de São Paulo.

"Hoje dispomos de cerca de 46 mil registros, entre artigos, livros, teses, manuais técnicos, entre outros. É uma base de dados científica e técnica de produção institucional desses 14 órgãos. As demais bases científicas de dados em saúde, como Lilacs, Medline e Cochrane, estão disponíveis, junto com todos os outros serviços que a rede oferece", explicou.

O sucesso da Rede deu origem ao Portal de Revistas como parte de um projeto de 2009, cujo objetivo foi ampliar os serviços de informação da RIC. Segundo Sueli, no Portal de Revistas foram priorizados, no primeiro momento, os periódicos que já estavam disponíveis eletronicamente.

"Mas a ideia é reunir as 24 publicações, entre boletins e revistas, produzidas pelas instituições da Secretaria. O objetivo é indexar todas as publicações elegíveis e transformá-las em revistas de alto impacto", disse.

Biblioteca científica eletrônica

Os periódicos seguirão a metodologia da biblioteca científica eletrônica SciELO (Scientific Electronic Library On-line), programa criado em 1997 pela FAPESP em parceria com a Bireme.

"Queremos organizar e padronizar os títulos na metodologia SciELO, para que se tornem indexáveis no futuro e componham a coleção da SciELO. Mas, para isso, precisamos atender os critérios exigidos", explicou Sueli.

A rede SciELO disponibiliza coleções do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Cuba, Venezuela, Bolívia, México, Costa Rica, Paraguai, Peru e Uruguai, além de Espanha, Portugal e, desde 2009, África do Sul, que optou por adotar a plataforma para publicação dos seus periódicos científicos.

A rede só indexa e publica periódicos com veiculação regular, com controle de qualidade por revisão de pares e que concordem em manter seu conteúdo totalmente aberto e com acesso gratuito. Além disso, a rede permite o acesso ágil às coleções de periódicos, com várias estratégias de pesquisa, como lista alfabética de títulos, busca por autor, por assuntos ou por palavras.

"A Revista do Instituto Adolfo Lutz e a Hansenologia Internationalis, do Instituto Lauro de Souza Lima, já são indexadas em suas áreas. Mas a proposta é unificá-las na metodologia SciELO para, além de conseguir mais visibilidade, ter, por exemplo, acesso aos indicadores bibliométricos", disse Sueli.

Digitalização de revistas

Segundo a coordenadora, além de indexar todas as publicações dos institutos e unidades ligados à Secretaria da Saúde, os próximos passos incluem fazer a digitalização das revistas mais antigas. "Até 2000, a Revista do Adolfo Lutz só existia na forma impressa", contou.

O grupo envolvido no projeto realizou cursos de capacitação na metodologia Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) da Bireme para publicação eletrônica de periódicos científicos para bibliotecárias e os editores de revista científica.

"Embora tenha como público-alvo pesquisadores, médicos e profissionais de saúde, o objetivo é abarcar os diferentes tipos de público, para que a informação sobre saúde seja útil a todos", disse.

Cinco títulos já estão disponíveis no Saúde-SP, no endereço http://periodicos.ses.sp.bvs.br.

Fonte: Diário da Saúde

UBM realiza evento para farmacêuticos e estudantes da área de saúde

Na próxima segunda-feira (31), o Centro Universitário de Barra Mansa (UBM) recebe a visita de membros do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro (CRF-RJ) para um evento. Os representantes do conselho vão abordar temas relacionados com a vida do profissional farmacêutico, através de palestras. A iniciativa é gratuita e acontece no Salão Nobre Professor Jayme Dantas, no Campus Barra Mansa, às 17h30.

Depois da recepção dos participantes do Encontro com CRF-RJ, começa uma mesa redonda com o vice-presidente do CRF-RJ e presidente do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado do Rio de Janeiro (Sinfaerj), Francisco Cláudio, que discutirá a "Trajetória da Profissão Farmacêutica".

Em seguida, Fernando Sávio fala um pouco sobre "Ética na Profissão" e a discussão é encerrada com o tema "Abordagem e orientação na fiscalização pelo CRF-RJ", apresentado pelo Marcos Alves.

Às 19h30, haverá uma cerimônia de entrega das carteiras profissionais aos egressos do curso de farmácia do UBM, que será seguido da apresentação do Estatuto da Associação de Farmacêuticos do Sul Fluminense, pelo professor Sebastião de Lima Coelho e, para finalizar o evento, a instituição oferece um coquetel de encerramento para os participantes.

Fonte: Diário do Vale

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Neuróbica - ginástica para o cérebro para escapar do Alzheimer

Trocar de mão para escovar os dentes é bom para o cérebro. O simples gesto de trocar de mão para escovar os dentes, contrariando a rotina e obrigando à estimulação do cérebro, é uma nova técnica para melhorar a concentração, treinando a criatividade e inteligência e, assim, realizando um exercício de NEURÓBICA.

Uma descoberta dentro da Neurociência, vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões.

Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que a NEURÓBICA, a "aeróbica dos neurônios", é uma nova forma de exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios em seu cérebro.

Cerca de 80 % do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso : limitam o cérebro.

Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios "cerebrais" que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa.

O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional.

Tente fazer um teste :
- use o relógio de pulso no braço direito

- escove os dentes com a mão contrária da de costume

- ande pela casa de trás para frente

- vista-se de olhos fechados

- estimule o paladar, coma coisas diferentes

- veja fotos de cabeça para baixo

- faça palavras-cruzadas

- veja as horas num espelho

- faça um novo caminho para ir ao trabalho

- converse com o vizinho que nunca dá bom dia... !!!

- decore uma palavra nova por dia, da sua língua ou de uma outra

- A proposta é mudar o comportamento rotineiro.

- Tente, invente, faça alguma coisa diferente e estimule o seu cérebro.

- Vale a pena tentar ! E não custa nada...

- Que tal começar a praticar agora, trocando o mouse de lado ?

Dr. Paulo Roberto no Site Médico - Qualidade de Vida

Coquetel anti-HIV reduz casos de infecção em 92%

Por Martina Cavalcanti

O risco de pessoas com HIV transmitirem o vírus da AIDS foi reduzido em 92% enquanto elas tomavam medicamento antirretrovirais, segundo pesquisa publicada nesta quinta-feira. O estudo abre a possibilidade da utilização desse coquetel na prevenção do HIV, além de apenas no tratamento.



O trabalho, liderado por Deborah Donnel da Universidade de Washington e do Fred Hutchinson Cancer Research Center em Seattle, foi publicado pelo jornal britânico "The Lancet". O levantamento foi feito com 3.381 casais heterossexuais, em sete países africanos. Em cada um desses casais havia um parceiro soropositivo.



Após 24 meses, 103 pessoas haviam sido infectadas pelo HIV. Desse total, apenas uma das transmissões foi causada por um parceiro que estava tomando antirretrovirais. Nos outros casos, as pessoas estavam tomando placebos. Segundo os autores do estudo, a utilização desse tipo de medicamento reduz o risco de infectar outra pessoa.



O estudo focou-se apenas nas relações heterossexuais. Não foram observados outros modos de transmissão do vírus, como o sexo anal, o compartilhamento de agulhas ou de mãe para feto.



Fonte: BandNews

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Medicamentos são proibidos pela Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da distribuição, comércio e uso, em todo o País, de medicamentos e produtos por apresentar desvio de qualidade.

Estão suspensos os lotes 008956 e 008957 (fabricados em janeiro de 2009 e com validade até janeiro de 2011) do medicamento Metronidazol 5 mg/ml solução injetável, fabricado por Halex Star Indústria Farmacêutica Ltda., de Goiânia (GO).

Os lotes 1100213 e 1100214 do produto Biozatin (Benzilpenicilina Benzatina 1.200.000 UI), de fabricação da empresa Novafarma Indústria Farmacêutica Ltda., com sede em Anápolis (GO).

A mesma medida foi aplicada ao lote 08E481 do medicamento Duzimicin (Amoxicilina 2650 mg/5 ml), 60 ml de suspensão, fabricado pela Prati, Donaduzzi & Companhia Ltda., de Toledo (PR).

Em outra medida, a Anvisa determinou a apreensão da pimenta-do-reino da marca Sarom Condimentos, fabricada por Sarom Indústria e Comércio de Condimentos e Especiarias Ltda., por conta da presença de coliformes fecais a 45ºC, detectados por meio de exame.

Fonte: A TARDE On Line

1º Simpósio sobre Debate da Profissão Farmacêutica

No dia 10/06/2010 será realizado o 1º Simpósio sobre Debate da Profissão Farmacêutica, das 10:00 horas até as 13:00 horas na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Os interessados em participar devem entrar em contato com o SINFAERJ para reservar uma vaga, já que somente haverá 500 vagas disponíveis. O contato poderá ser feito via e-mail (sinfaerj@sinfaerj.org.br) ou telefone (2232-1022 ou 2263-8341)

O Simpósio contará com a presença de vários Deputados e Vereadores, assim como membros do CRF-RJ e do Sinfaerj.

Prêmio de Incentivo em C&T para SUS – 2010

As inscrições poderão ser realizadas de 14 de maio a 28 de junho no endereço: www.saude.gov.br/premio. Podem concorrer ao Prêmio, pesquisadores, estudiosos e profissionais de saúde com trabalho aprovado em banca, ou publicado no período compreendido entre 25 de maio de 2009 a 13 de maio de 2010, com temática voltada para a área de Ciência e Tecnologia em Saúde, e potencial de incorporação pelo SUS.

Os trabalhos inscritos concorrerão em cinco categorias: tese de doutorado; dissertação de mestrado; trabalho científico publicado; monografia de especialização/residência e, incorporação de conhecimentos científicos ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Instituído em 2002, o Prêmio é uma iniciativa do Departamento de Ciência e Tecnologia, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos estratégicos do Ministério da Saúde, que tem por objetivo, reconhecer o trabalho de pesquisadores envolvidos em projetos voltados para o SUS e para as necessidades da população, além de incentivar a incorporação das melhorias apontadas por esses projetos.

SERVIÇO:

Inscrições: www.saude.gov.br/premio

CATEGORIAS E PREMIAÇÕES

Tese de Doutorado – R$ 15.000,00

Dissertação de Mestrado – R$ 10.000,00

Trabalho Científico Publicado – R$ 10.000,00

Monografia de Especialização/Residência – R$ 5.000,00

Incorporação de Conhecimentos Científicos ao Sistema Único de Saúde (SUS) – R$ 15.000,00

Mais informações:

E-mail: decit.premio@saude.gov.br

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Cientistas americanos criam célula com genoma sintético

Cientistas americanos dizem ter desenvolvido a primeira célula controlada por um genoma sintético.

Os especialistas do J. Craig Venter Institute, com sede nos Estados de Maryland e Califórnia, dizem esperar que a técnica possa criar bactérias programadas para resolver problemas ambientais e energéticos, entre outros fins.

O estudo será publicado nesta quinta-feira na edição online da revista científica Science. Para alguns especialistas, ele representa o início de uma nova era na biologia sintética e, possivelmente, na biotecnologia.

A equipe de pesquisadores, liderada por Craig Venter, já havia conseguido sintetizar quimicamente o genoma de uma bactéria. Eles também haviam feito um transplante de genoma de uma bactéria para outra.

Agora, os especialistas juntaram as duas técnicas para criar o que chamaram de "célula sintética", embora apenas o genoma da célula seja sintético - ou seja, a célula que recebe o genoma é uma célula natural, não sintetizada pelo homem.

"Esta é a primeira célula sintética já criada. Nós dizemos que ela é sintética porque foi obtida a partir de um cromossomo sintético, feito com quatro substâncias químicas em um sintetizador químico, seguindo informações de um computador", disse Venter.

"Isto se torna um instrumento poderoso para que possamos tentar determinar o que queremos que a biologia faça. Temos uma ampla gama de aplicações (em mente)", disse.

Os pesquisadores planejam, por exemplo, criar algas que absorvam dióxido de carbono e criem novos hidrocarbonetos. Eles também estão procurando formas de acelerar a fabricação de vacinas.

Outros possíveis usos da técnica seriam a criação de novas substâncias químicas, ingredientes para alimentos e métodos para limpeza de água, segundo Venter.

Estudo

No experimento, os pesquisadores sintetizaram o genoma da bactéria M. mycoides, adicionando a ele sequências de DNA como "marcas d'água" para que a bactéria pudesse ser distinguida das naturais (não sintéticas).

Como as máquinas sintetizadoras atuais só são capazes de juntar sequências relativamente curtas de letras de DNA de cada vez, os pesquisadores inseriram as sequências mais curtas em células de fermento. As enzimas de correção de DNA presentes no fermento juntaram as sequências.

Depois, as sequências de tamanho médio foram inseridas em bactérias E. coli, antes de serem transferidas de volta para o fermento.

Após três rodadas deste processo, os pesquisadores conseguiram produzir um genoma com mais de um milhão de pares de bases de comprimento.

Concluída essa fase, os cientistas implantaram o genoma sintético da bactéria M. mycoides em outro tipo de bactéria, a Myoplasma capricolum.

O novo genoma assumiu o controle das células receptoras.

Embora 14 genes tenham sido apagados ou alterados na bactéria transplantada, as células apresentaram a aparência de bactérias M. Mycoides normais e produziram apenas proteínas M. mycoides, segundo os autores do estudo.

Repercussão

Em entrevista à BBC, o especialista em biologia sintética Paul Freeman, codiretor do EPSRC Centre for Synthetic Biology do Imperial College, em Londres, disse que o estudo de Venter e sua equipe pode marcar o início de uma nova era na biotecnologia.

"Eles demonstraram que o DNA sintético pode assumir o controle e operar as funções da nova célula receptora em termos de replicação e crescimento", disse Freeman.

Freeman lembra que a célula receptora é uma célula natural, não sintética, mas "o que Venter e sua equipe mostraram é que, após o transplante e várias divisões celulares, a célula receptora assumiu algumas das características ou fenótipo do novo genoma nela inserido".

"É um avanço extraordinário, oferecendo uma prova de que, em teoria, é possível que genomas inteiros sejam sintetizados quimicamente, montados e implantados em células receptoras".

"Claro que precisamos ter cautela, já que não temos certeza de que essa abordagem funcionaria em genomas maiores e mais complexos".

"Ainda assim, este avanço representa um marco na nossa capacidade de criar células feitas pelo homem para fins estabelecidos pelo homem", concluiu Freeman.

O estudo de Venter e sua equipe foi financiado pela empresa Synthetic Genomics. Três dos autores e o J. Craig Venter Institute possuem ações da companhia.

O instituto fez pedidos de patente para algumas das técnicas descritas no estudo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Fonte: Estadão

quarta-feira, 19 de maio de 2010

AmBev busca trainees para mestre cervejeiro

A AmBev abre na quinta-feira as inscrições para seu programa de trainee industrial que busca preencher vagas nas carreiras de mestre cervejeiro e engenheiro industrial. As incrições serão feitas entre 20 de maio e 20 de junho, só pela internet.

Poderão concorrer às vagas universitários e recém-formados de todo o País dos cursos de engenharia, química, farmácia, agronomia e biologia. Estão aptos a se inscreverem os jovens que concluíram o terceiro grau desde o segundo semestre de 2008 ou os estudantes do último ano.

O salário inicial é de R$ 3.700 mais benefícios como assistência médica, assistência odontológica, seguro de vida, previdência privada, vale refeição, vale transporte e 14º salário, entre outros.

Não há limite de vagas e o treinamento tem a duração de 12 e 18 meses. Uma vez aprovado no processo seletivo, o trainee torna-se imediatamente funcionário da empresa.

A partir do segundo semestre a Ambev volta a abrir vagas para o seu tradicional Programa Trainee, que contou em 2009 com mais de 60 mil inscrições.

As incrições podem ser feitas apenas no site oficial do Programa Trainee Industrial, que estará no ar somente amanhã.

Os internautas ainda encontrarão na página eletrônica blogs de profissionais que iniciaram suas carreiras como trainees na companhia.

Por Jornal da Tarde

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Vigilância Sanitária participa de reavaliação de TAC sobre atividades do farmacêutico

O diretor da Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Antônio de Pádua Pombo, participou na manhã desta quinta-feira, 13, de audiência no Ministério Público Federal (MPF), para reavaliar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que define a responsabilidade técnica e horário dos farmacêuticos nas farmácias privadas e distribuidoras em Sergipe.

A reunião contou com a participação de representantes dos sindicatos de Farmácia, do Comércio Varejista e do Comércio Atacadista de Medicamentos, das Distribuidoras de Medicamentos e da Vigilância Sanitária de Aracaju. Segundo Pádua, o antigo TAC firmado em 2000 trazia que as farmácias e drogarias anteriores ao termo deveriam ter um farmacêutico por seis horas no estabelecimento.

Já as demais, que abriram após o TAC, deveriam cumprir a Lei 5.991/73, que estabelece que todas as farmácias devem ter um farmacêutico durante todo o horário de funcionamento. "Há estabelecimentos que cumprem a lei, mas não são todos. Então, estamos aqui para entrar em acordo, porque o certo é cumprir o que determina a lei", reforçou o diretor da Vigilância Sanitária estadual.

Participante da audiência, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Sergipe, Carlos Batista Dias, afirmou também concordar com a legislação, mas fez uma ressalva. "Aqui no estado não temos farmacêuticos suficientes para ficar nos estabelecimentos durante todo o horário de expediente", argumentou.

Segundo ele, existem 748 unidades privadas, entre as quais, farmácias, drogarias, laboratórios de análises clínicas, hospitais e outros. "Enquanto os profissionais de nível superior em Farmácia são apenas 546. Destes, 441 estão na capital e 105 no interior. E este número é para atender não só as unidades privadas quanto as públicas, que nós não temos nem o total", enfatizou Carlos Dias.

Para Francisco de Assis Feitosa, presidente do Conselho Regional de Farmácia, os números diferem. "Em Sergipe temos 594 farmacêuticos, 469 na capital e 125 no interior. Além do mais, temos dois cursos de Farmácia, um na Universidade Federal de Sergipe [UFS] e outro na Universidade Tiradentes [Unit], que formam vários profissionais por ano", alegou o presidente do CRF.

De acordo com ele, está existindo muito o comércio ilegal de medicamentos e a venda de remédios falsificados. "São medicamentos piratas fabricados na China que estão sendo vendidos nos estabelecimentos. Isso traz um risco enorme à saúde da população, daí a importância de ter um profissional habilitado para evitar a comercialização destes produtos", completou Francisco Feitosa.

Já a presidente do Sindicato dos Farmacêuticos, Maria de Fátima Cardoso Aragão, trouxe a informação de que existem farmacêuticos desempregados em Sergipe. "Temos conhecimento de que há 94 estabelecimentos farmacêuticos irregulares na rede particular de Sergipe. Isso não pode acontecer", ressaltou Maria de Fátima.

Conclusão

Na audiência, presidida pela procuradora Gicelma Nascimento, foi firmado um novo TAC que será enviado para a Câmara Técnica da Procuradoria Geral da União, em Brasília, para ser avaliado e poder entrar em vigor. Ficou também definido que a situação dos farmacêuticos no serviço público será vista em outra reunião marcada para 1º de julho, com o acompanhamento do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), as vigilâncias sanitárias estadual e municipais e o Conselho Regional de Farmácia (CRF).

Para Antônio Pádua, as entidades têm razão nos questionamentos, pois, segundo ele, tanto é insuficiente o número de farmacêuticos no estado, como existem profissionais desempregados. "Para se chegar a um consenso, ficou firmado no TAC que os estabelecimentos anteriores ao ano 2000 podem ter um farmacêutico, no mínimo, por seis horas, desde que estas farmácias e drogarias não tenham feito alteração contratual".

Mas, de acordo com o diretor da Vigilância Sanitária estadual, essa determinação valerá até 31 de março de 2012. "Após esta data, todos deverão ter o profissional disponível, no mínimo, por oito horas, e aquelas farmácias que abrem por 24 horas deverão ter, no mínimo, três farmacêuticos para se revezarem", explicou.

Outros pontos definidos no TAC são: multa de R$ 1.500,00 caso o estabelecimento seja flagrado sem cumprir a determinação; os órgãos fiscalizadores deverão enviar um relatório ao MPF a cada seis meses; toda farmácia e drogaria deve requerer a revalidação anual da licença sanitária nos primeiros 120 dias de cada ano; e cumprir o disposto da RDC 44/09, a qual estabelece que somente produtos relacionados à saúde poderão ser comercializados em farmácias e drogarias.
Fonte: SES

CFT aprova obrigatoriedade de farmacêuticos nas unidades do SUS

A Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 5 de maio de 2010, o Projeto de Lei (PL) 3.752/08, resultado do parecer favorável do Deputado João Dado (PDT-SP), que dispõe sobre a obrigatoriedade da presença de farmacêutico nas unidades de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde), na forma do Substitutivo apresentado pelo Deputado Maurício Trindade (PR-BA). O Substitutivo acrescenta ao artigo 15 da Lei 5.991/73 a obrigatoriedade de serviços públicos de saúde que dispensem ou manipulem medicamentos a oferecerem assistência de farmacêutico. O PL segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC). Se aprovado, vai para o Senado.

O Projeto de Lei, de autoria da Deputada Federal Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM), vai ao encontro do que defende o Conselho Federal de Farmácia (CFF), de que a dispensação de medicamentos, no serviços público e particular, deve ser feito exclusivamente por farmacêuticos por questões sanitárias e em acatamento à legislação. O Presidente do CFF, Jaldo de Souza Santos, reconhece o esforço do Ministério da Saúde, Estados e Municípios para ampliar a aquisição de medicamentos. “Mas isso, por si só, não responde à demanda da população. Sem os serviços farmacêuticos, o medicamento representa insegurança para o paciente e maior custo para os cofres públicos”, disse o dirigente.

A Secretária-Geral do CFF, Lérida Vieira, explica que parte da luta do CFF é para que a população possa contar, no SUS, com um local adequado para dispensação e orientação sobre o uso de medicamentos. “É necessário que a população possa contar, no Sistema Único de Saúde (SUS), em todos os Municípios brasileiros, de um local adequado e apropriado, onde possam ser dispensados medicamentos com as informações corretas sobre o seu uso”, disse.

Fonte: CFF

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Farmacêuticos, balconistas e farmacistas.

Alguns proprietários de farmácia possuem um estoque inesgotável de armadilhas para enganar os farmacêuticos. Uma destas é a estupidez de dizer que o farmacêutico tem que ser um bom balconista. E o pior, ainda há farmacêuticos que caem nessas armadilhas. Farmacêutico tem que ser um bom farmacêutico.

Farmacista é a tradução do inglês de farmacêutico. Mas no Brasil o termo farmacista é empregado com um significado diferente. Um bom balconista, que tenha experiência no balcão da farmácia, adquire o status de farmacista, ''neologismo tupiniquim'' com o qual também se auto definem os donos de farmácia. Muitos gerentes de farmácia que se julgam profundos conhecedores sobre medicamentos também se intitulam farmacistas. O sonho de todo farmacista é ser um verdadeiro farmacêutico. Muitos gerentes farmacistas não conseguem sequer esconder o despeito na relação com os farmacêuticos. Imagino o dia em que vão propor que os farmacistas também possam assumir responsabilidade técnica pelas farmácias. Tenho que reconhecer a criatividade dos que inventaram a figura do farmacista tupiniquim. Até a Indústria Farmacêutica caiu como uma pateta nessa balela de farmacista.

Antes mesmo de terminar este artigo fiquei sabendo por um amigo, que no estado do Tocantins já existe um novo profissional de farmácia, o ''balcofarmacista''. Logo logo os donos de farmácia vão dizer aos farmacêuticos que eles devem ser ''balcofarmacêuticos''. A fonte criativa é mesmo impressionante e inesgotável.

Quem atende no balcão da farmácia? O Farmacêutico, os farmacistas e os rescém chegados balcofarmacistas. O atendimento no balcão requer conhecimentos específicos e treinamento. A única forma de adquirir os conhecimentos específicos para lidar com medicamentos é a formação em nível superior no curso de farmácia. Treinamento, segundo os educadores, siginifica o mesmo que adestramento ou condicionamento. Para treinar um funcionário na execução de uma determinada rotina e, para se tornar um farmacista, não é preciso que se tenha curso superior, um bom treinamento é suficiente.

A farmácia viveu seu auge quando servia a sociedade prestando serviços de saúde. O balcão era o local onde o farmacêutico atendia seus pacientes, ouvindo-lhes sobre seus problemas de saúde e lhes dispensando, além de medicamentos, atenção e cuidados. A industrialização em larga escala chegou pondo um fim a esse período. Fez com que se avolumassem os estoques exigindo um escoamento rápido dos produtos. Para vialibilizar este processo foi preciso afastar o farmacêutico da farmácia por ser considerado um empecilho as vendas, e começaram a se adestrar vendedores hábeis em convencer os clientes sobre a necessidade ''imprescindível'' de usar medicamentos. A lógica deste adestramento foi ditada pela obtenção de lucro fácil e rápido. Neste exato momento nascem no Brasil a Lei 5991/73, a Drogaria e os Farmacistas.

Este processo banalizou o medicamento perante a sociedade a tal ponto que a cada duas pessoas que usam medicamentos uma usa de forma errada.

O uso irracional e os medicamentos falsificados matam usuários no Brasil. A população paga um alto preço. Em virtude disto o modelo do lucro fácil começa a ruir. O Farmacêutico volta a ocupar seu espaço nos balcões das farmácias e no contexto geral da saúde.

Se existe algum intruso no balcão da farmácia este não é o farmacêutico. O balcão continua a ser o local onde o farmacêutico atende seus pacientes ouvindo seus problemas de saúde e lhes dispensando além de medicamentos, atenção e cuidados. A sociedade quer que o farmacêutico e a farmácia reassumam sua função como profissional e estabelecimento voltados a lhe prestar serviços de saúde.

A única forma do farmacista tupiniquim se tornar farmacêutico é fazendo curso superior em farmácia. Façam isso e sejam bem-vindos.

Todos os profissionais que trabalham em uma farmácia têm sua importância, seu espaço e merecem ser respeitados. O Farmacêutico não esta acima de nenhum deles e como todos tem que ser respeitado.

Obs: Não tenho nada contra outros profissionais que atuam nas farmácias. Não falo isto como discurso mas como parte de meu exercício profissional .Também estou no balcão de uma farmácia. Este texto foi escrito no balcão de uma farmácia. Acredito que acima de qualquer título está a vontade e a determinação pessoal. Mas enquanto farmacêutico convicto, sempre que for necessário empunharei a caneta e levantarei a voz para defender os interesses da categoria que represento.

Farm. Danilo Caser - Presidente da Feifar.

Fonte: Blog de Danilo Caser - Conexão Sindical

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