terça-feira, 26 de outubro de 2010

Vacina contra meningite C será testada em crianças

Cerca de 360 crianças com idade entre 1 e 9 anos, moradoras de Manguinhos, o bairro em que está situada a Fiocruz, e atendidas por equipes de Saúde da Família da iniciativa Teias - Escola Manguinhos - Território Integrado de Atenção à Saúde, participarão da fase 2 do ensaio clínico que testará a imunogenicidade e a segurança da vacina contra meningite C. A vacina tem tecnologia avançada e está sendo desenvolvida há mais de dez anos pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz). O estudo, em parceria com o Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), tem como responsáveis o consultor científico de Biomanguinhos Reinaldo de Menezes Martins e a pesquisadora Elyne Engstrom.

"Quando é desenvolvida, uma vacina passa por várias fases de teste antes de ir para o mercado.Esta, de meningite para crianças, já passou pela fase pré-clínica, com testes em animais de experimentação, e pela fase clínica inicial, testada em adultos. Na fase dois ela será testada na sua população alvo para uso no futuro, que são crianças", explica a pesquisadora Elyne Engstrom.
 
O desenvolvimento da vacina no Brasil

A doença meningocócica tem elevada taxa de letalidade e há muitos sorogrupos de meningococos (A, B, C, Y, W135, etc) que causam doença grave, em especial meningites. No Brasil, atualmente, predomina o sorogrupo C e em segundo lugar, o B. Hoje, a vacina contra meningite em crianças existe apenas no mercado internacional e é desenvolvida por laboratório comercial. Em outubro de 2010, este vacina comprada pelo Ministério da Saúde, entrou no calendário vacinal de menores de 2 anos, segundo normatização do Programa Nacional de Imunização.

Biomanguinhos vem produzindo a vacina contra meningite A e C desde a década de 70 depois que, em 1974, uma epidemia de meningite meningocócica assolou o país. Procurando se preparar para novos surtos da doença, em 1976 o governo brasileiro implantou em Biomanguinhos um centro de produção de vacinas contra meningite A e C. Esta foi a primeira vacina brasileira com polissacarídeo, substância que compõe a cápsula do meningococo. Esta tecnologia utiliza apenas partes do microorganismo, em vez da bactéria inteira.

Embora tenha algumas limitações, como ineficácia abaixo dos 2 anos de idade e proteção por tempo relativamente curto, sua utilização possibilitou ao país a capacitação em modernos métodos de fermentação e purificação, aplicáveis a outros imunizantes bacterianos. A atual vacina contra o meningococo C chama-se conjugada, pois associou-se quimicamente uma proteína ao polissacarídeo (açúcar da cápsula), tornando-a muito mais eficaz.

Fonte: Agência Fiocruz de Notícias.

Solução alcoólica será obrigatória em hospitais: medida foi publicada nesta terça-feira

Em 60 dias, todos os serviços de saúde brasileiros (como hospitais, clínicas e consultórios) devem ter preparação alcoólica para a fricção antisséptica das mãos dos profissionais de saúde que lidam com o paciente. 

Todos os pontos de assistência ao paciente, como, por exemplo, UTI, salas de triagem, ambulatórios, serviços de atendimento móvel e unidades de urgência e emergência, deverão ter a preparação à disposição dos profissionais, em local visível e de fácil acesso. 

O produto deverá estar à beira dos leitos dos pacientes, para evitar que o profissional precise sair do local para higienizar as mãos. A medida consta da Resolução RDC 42, publicada, nesta terça-feira (26), no Diário Oficial da União. 

Líquido ou gel? 

Nas preparações alcoólicas em forma líquida, a concentração de álcool na fórmula poderá variar de 60% a 80%. Já nas formas gel, espuma e outras, a concentração mínima do álcool deve ser de 70%, com atividade bacteriana comprovada por testes de laboratório específicos. 

Nas duas formas de apresentação, recomenda-se o uso de emolientes na fórmula, para evitar o ressecamento da pele.  

No entanto, segundo a resolução, o uso de preparação alcoólica não é indicado quando as mãos tiverem sujidade visível. Nesse caso, é preciso fazer a higienização com água e sabonete antes de se utilizar o produto. 

Os produtos industriais adquiridos no comércio devem ser registrados na Anvisa. Já os manipulados em farmácias devem seguir as exigências da Resolução RDC nº. 67/07, que dispõe sobre as Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais. 


Antibiótico terá tratamento de remédio tarja preta

Reter a receita

As farmácias e drogarias brasileiras serão obrigadas a reter a receita médica durante a venda dos antibióticos. 

A medida foi anunciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os estabelecimentos terão 30 dias para se adequar à norma a partir da publicação da medida no Diário Oficial da União, o que deve ocorrer na próxima semana.

O principal objetivo da proposta é restringir a venda indiscriminada desse tipo de medicamento.

Tarja preta para os antibióticos

Com a nova regulamentação, uma das vias da receita ficará com a farmácia e a outra com o consumidor. Essa norma já é usada no comércio de remédios de tarja preta.

As bulas e embalagens também devem ser alteradas para incluir a frase: "Venda sob prescrição médica - só pode ser vendido com a retenção da receita".

Além da retenção da receita, todas as vendas deverão ser informadas ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados.

A toxicologista da Universidade de Brasília (UnB), Andrea Amoras, acredita que a proposta é importante para conter a resistência de microrganismos fortalecidos pelo uso sem controle desse tipo de medicamento.
"A regulamentação é importantíssima para a sociedade. O uso indiscriminado e errôneo de antibióticos faz com que surjam microrganismos fortes. Essa regulamentação previne o aparecimento desses organismos", disse Amoras.

Antibióticos mais vendidos

As regras vão valer para mais de 90 substâncias, entre elas amoxicilina, azitromicina, cefalexina e sulfametoxazol, princípios ativos de mais 1.200 medicamentos registrados no Brasil.

"Essas substâncias foram escolhidas por serem as campeãs de comercialização. A intenção da agência, porém, é que outras sejam incluídas gradativamente no sistema", explicou o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo.

O presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto, concorda com a proposta. "Nós apoiamos a restrição. A grande questão é o acesso da população aos medicamentos, porque é uma realidade do consumidor não ter acesso aos médicos. A regulamentação pode dificultar esse acesso", disse Mena Barreto.

Um levantamento feito por uma rede de farmácias do Distrito Federal mostra que, em setembro, foram vendidos 43,8 mil medicamentos. O antibiótico mais vendido da lista é a amoxicilina, com mais de 7,3 mil vendas, seguido da cefalexina, com cerca de 4,7 mil unidades vendidas. A informação foi dada pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Distrito Federal, Diocesmar Felipe de Faria.

Para ele, as novas regras não vão alterar o mercado. "Nós não temos expectativa de queda nas vendas de antibióticos. A medida do governo é favorável e acertada. Esse tipo de medicamento deve ser controlado e usado após consulta médica e só quando for necessário. Nós, do comércio farmacêutico, apoiamos", disse o presidente.

sábado, 23 de outubro de 2010

Anvisa vai emitir nota com medidas para combater infecções hospitalares

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai emitir uma nota técnica, que deve ser publicada na próxima segunda-feira (25/10), com orientações sobre o combate a infecções hospitalares. As recomendações vão reforçar a higienização, em especial das mãos, obrigando todas as salas com pacientes - hospitais, postos de saúde, ambulatórios - a ter dispensador de álcool.

A Anvisa também vai reforçar a portaria 22.618, do Ministério da Saúde, de 1998, que obriga a notificação nos casos de infecção hospitalar à agência. De acordo com o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano, o sistema poderia ser aprimorado. "A Anvisa tomaria as decisões de forma mais segura se esse processo de notificação fosse mais constante", acredita.

Até às 19h, a reunião entre especialistas da agência e do Ministério da Saúde, que analisa a questão da venda dos antibióticos, ainda não havia terminado. Na pauta, estava a resolução que prevê a venda destes remédios apenas mediante apresentação de receita, emitida em duas vias pelo médico, sendo que uma delas ficará na farmácia.

Barbano também esclareceu que a automedicação é um fos fatores que contribui para o fortalecimento das bactérias. Ele chamou a atenção para o uso consciente dos medicamentos.

Segundo ele, o comitê da Anvisa não identificou nenhuma situação extraodrinária até o momento em relação à bactéria KPC. Para ele, o número de infecções no DF, superior a outros estados, pode se dar pela maior presença das bactérias nos hospitais. Barbano ainda afirma que a situação não é de descontrole e que a incidência é comprovada em quadros clínicos em que a pessoa apresenta imunidade baixa e em ambientes hospitalares.

Superbactéria

Além do Distrito Federal, pelo menos três estados confirmaram casos de infeção pela Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC). Os casos de São Paulo e do Paraná haviam sido anunciados pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, na terça-feira. Ontem, a Secretaria de Saúde da Paraíba confirmou a contaminação de 18 pacientes, sendo 11 deles neste ano.
Apesar de negarem a existência de infecções pela superbactéria, os governos de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul decretaram estado de alerta e adotaram medidas de prevenção nas unidades hospitalares. Em menos de duas semanas, o número de pessoas infectadas pela bactéria KPC no DF saltou de 108 para 183, um aumento de 69,4%. 

Tinta mata superbactérias resistentes a antibióticos

Superbactéria MRSA

Imagem por microscopia eletrônica do filme nanocompósito formado por nanotubos de carbono e enzimas antibacterianas.[Imagem: Rensselaer/Ravindra C.Pangule/Shyam Sundhar Bale]
Usando as técnicas da nanotecnologia e uma enzima natural, cientistas desenvolveram uma tinta capaz de eliminar a temível superbactéria resistente a antibióticos que tem vem infectando hospitais ao redor do mundo.

Os pesquisadores do Instituto Politécnico Rensselaer, nos Estados Unidos, descobriram como criar um revestimento em nanoescala que erradica a MRSA (Methicillin Resistant Staphylococcus aureus).
Durante os testes, 100% da MRSA em solução morreu dentro de 20 minutos em contato com uma superfície pintada com tinta látex misturada com o nanorrevestimento.

Segundo os pesquisadores, a tinta poderá ser aplicada em instrumentos cirúrgicos, móveis e mesmo nas paredes dos hospitais.

"Aqui nós temos um sistema onde a superfície contém uma enzima que é segura para se lidar, não parece desenvolver resistência, não vaza para o meio ambiente e não se entope com restos celulares. A bactéria MRSA entra em contato com a superfície e simplesmente morre," explica Jonathan Dordick, coordenador da pesquisa.

Nanotubos com enzimas

O segredo do aditivo para a tinta está na mistura de nanotubos de carbono com a lisostafina, uma enzima natural usado por cepas não-patogênicas de bactérias Staph para se defender contra a Staphylococcus aureus, incluindo a MRSA.

A enzima é ligada aos nanotubos de carbono por uma cadeia de polímero flexível, o que aumenta sua capacidade de atingir as bactérias MRSA.

O compósito nanotubo-enzima resultante pode ser misturado em qualquer acabamento de superfície - nos testes, ele foi misturado com tinta látex comum, usada para pintar paredes.

Ao contrário de outros revestimentos antimicrobianos, a cobertura é tóxica somente para a MRSA, não depende de antibióticos e não sofre lixiviação, ou seja, não libera substâncias químicas no ambiente ao longo do tempo.

As bactérias mortas também não entopem o sistema, que continua ativo, podendo ser lavado repetidamente sem perder eficiência.

"A lisostafina é extremamente seletiva," diz Dordick. "Ela não funciona contra outras bactérias e não é tóxica para as células humanas. Nós passamos um bom tempo demonstrando que a enzima não sai da tinta durante os experimentos."

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Cronobiologia explica como o corpo se ajusta ao horário de verão



Adiante o relógio

Características herdadas geneticamente e
informações cíclicas do ambiente interferem
no nosso relógio biológico.
[Imagem: Fiocruz]














































O horário de verão começou à meia-noite deste sábado para domingo (16-17/10) e os relógios tiveram que ser adiantados em uma hora em algumas partes do país.

Se para algumas pessoas isso significa apenas mais uma hora de dia claro, para outras é sinônimo de sonolência e mau humor.

Isso ocorre porque a mudança não ajusta somente os relógios que temos à nossa volta, mas altera também nosso relógio biológico.

Relógio biológico

O nosso corpo apresenta diversos ritmos biológicos, ou seja, fenômenos que se expressam de maneira periódica, indo desde a secreção de um hormônio até um comportamento, como o sono e a vigília, explica Lúcia Rotenberg, pesquisadora do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz.

Estes ritmos são controlados por uma estrutura do sistema nervoso (o núcleo supraquiasmático) localizada no hipotálamo anterior, região do cérebro que atua como principal centro integrador das atividades dos órgãos viscerais.
Esta estrutura é denominada "relógio biológico", uma vez que é responsável pela temporização das funções biológicas.

Características herdadas geneticamente e informações cíclicas do ambiente interferem no nosso relógio biológico. Em condições normais, ele está adaptado ao ambiente externo.

No entanto, quando o ambiente se modifica - como no horário de verão -, o organismo também precisa se ajustar. É o mesmo fenômeno que ocorre quando cruzamos fusos horários. "Os horários que regulam nossas vidas, como parte do ambiente social onde estamos inseridos, podem interferir em nosso relógio biológico", sintetiza.

Cronobiologia

Se todos têm um relógio biológico e ritmos biológicos funcionando de forma semelhante (somos uma espécie diurna), por que a mudança para o horário de verão afeta algumas pessoas e outras não?

A cronobiologia dá a resposta. "A forma como cada indivíduo vivencia as alterações de horário depende da característica genética de cada um, porque as pessoas apresentam cronotipos diferentes. Algumas pessoas são do tipo matutino, com maior predisposição genética para realizar suas tarefas bem cedo. Essas pessoas têm o relógio biológico adiantado e, por isso, tendem a dormir cedo e levantar cedo. Outras são vespertinas, ou seja, tendem a dormir tarde e acordam mais tarde", a pesquisadora descreve.

De acordo com a especialista, a tendência matutina ou vespertina também se expressa em outros ritmos biológicos, como o ciclo de temperatura corporal. "O pico de temperatura do corpo é atingido mais cedo pelos matutinos do que nos vespertinos", destaca.

Quem sofre mais com o horário de verão

A pesquisadora explica que as pessoas matutinas costumam sofrer mais com a alteração do horário.

Há indícios de que pessoas que tendem a dormir pouco (chamadas de pequenos dormidores) também apresentariam maior dificuldade em relação à implantação do horário de verão.

"Enquanto o organismo não se ajusta completamente ao novo horário, as pessoas se sentem mais irritadas e mal-humoradas, com sensação de cansaço e sono durante o dia", ressalta.

"No entanto, esse desconforto fica restrito aos primeiros dias e a queixa costuma ir embora em até uma semana depois da implantação do novo horário", completa, acrescentando que este é um tema ainda pouco investigado.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Aprovado uso de medicamento para tratar toxicodependentes


A agência norte-americana reguladora do medicamento (FDA) aprovou terça-feira a utilização de um medicamento para o tratamento de consumidores dependentes de opiáceos, como a heroína ou morfina.

O medicamento Vivitrol, da farmacêutica Alkermes, já é utilizado em tratamentos de alcoolismo.

Os receptores cerebrais que transmitem sensações de prazer causadas pelo álcool ou drogas são bloqueados com este medicamento.

Os estudos realizados por aquela empresa farmacêutica mostraram que os pacientes que consumiram o medicamento estão menos susceptíveis de retomar o consumo de drogas do que aqueles que tomam placebos.

Fonte: DN Ciência

Brasileiro consegue bloquear expansão de câncer com remédio menos agressivo


Na luta contra o câncer, os cientistas impuseram um desafio que começa a dar resultados: abrir mão da quimioterapia, procedimento que mata as células tumorais, mas também destrói as estruturas saudáveis, e apostar na chamada terapia-alvo, mais precisa e segura. Nessa linha, um pesquisador brasileiro destacou-se ao publicar, na edição de hoje da revista especializada Science Translational Medicine, o resultado de um estudo promissor, que traz esperança às portadoras do câncer de endométrio, o sexto que mais acomete mulheres no mundo — em 2008, houve 287.630 novos diagnósticos e 74.270 óbitos, o que equivale a 2,2% de todas as mortes por câncer entre pacientes do sexo feminino.

Jorge S. Reis-Filho, do Instituto de Pesquisas sobre o Câncer de Londres, na Inglaterra, conseguiu, em testes in vitro, atingir o calcanhar de aquiles do mecanismo que faz com que as células malignas do útero se reproduzam, sem precisar recorrer a drogas quimioterápicas. Ele explica que há dois tipos de câncer de endométrio, sendo que um deles, o mais comum, é provocado, em 80% dos casos, por uma alteração genética em uma enzima chamada Pten (sigla para fosfatase e homólogo angiostensina), um dos mais importantes supressores das células tumorais, pois regula o crescimento das estruturas. Segundo o artigo de Reis-Filho, a perda da função do Pten é a aberração genética mais comum nos carcinomas do endométrio.

A droga desenvolvida pela equipe de Reis-Filho, chamada inibidor da Parp (sigla de poliadonosina-difosfato-ribose polimerase), mostrou potencial para destruir o tumor do útero resistente às atuais terapias. A Parp é uma enzima que ajuda a reparar o DNA quando ele sofre algum tipo de dano, como a perda da função genética do Pten, mas, ao mesmo tempo, pode ser maléfica, porque ela ajuda a consertar mutações nas células cancerígenas.

Para evitar a ação dessa enzima, o inibidor trabalha de forma a bloquear o mecanismo de reparação das células doentes, impedindo o ciclo de vida e reprodução das estruturas que, em consequência, morrem. “A quimioterapia consegue fazer isso, mas o problema são os efeitos colaterais”, disse o pesquisador ao Correio. Já os inibidores da Parp matam as células do tumor, mas conservam as saudáveis, evitando os inúmeros incômodos associados à quimioterapia.

Durante a pesquisa, os cientistas confirmaram que as células cancerígenas nas quais o Pten perde sua função não conseguem reparar o DNA por um processo natural que ocorre no organismo, chamado recombinação homóloga, que consiste no rearranjo das camadas duplas que formam o DNA. Ao falhar, elas deixam de reproduzir as células doentes ou, como simplifica Reis-Filhos, as células “são enganadas”.

“Os primeiros inibidores da Parp foram utilizados no combate ao câncer de mama”, conta o pesquisador. As drogas mostraram-se promissoras no tratamento de tumores provocados por mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, responsáveis por 10% dos casos de câncer de mama. Na fase 1 de um estudo conduzido na Inglaterra, cujos testes tinham como único objetivo verificar a toxidade da droga em humanos, 41% dos pacientes mostraram boa resposta, o que animou os pesquisadores, já que a eficácia da droga sequer estava sendo estudada naquela ocasião. O mais animador é que as voluntárias só precisavam tomar uma pílula, procedimento muito menos traumático que a quimioterapia.

No entusiasmado editorial da edição on-line do New England Journal of Medicine, onde o experimento em fase 1 foi publicado, os autores afirmaram que “certamente existem outros tipos de tumores com defeito na recombinação homóloga que são candidatos para a terapêutica de inibição da Parp”. O pesquisador conta que os primeiros ensaios clínicos com o inibidor da Parp para tratar o câncer de útero já estão sendo discutidos e devem começar em até 18 meses.

Combinação

Outra terapia promissora para o tratamento do câncer do útero surgiu nos laboratórios da Universidade do Texas e foi testada em um pequeno grupo de pacientes em estágio avançado ou com tumor reincidente. A equipe, liderada pela professora do Departamento de Ginecologia Oncológica, Jubilee Brown, constatou que, combinadas, a gemcitabina e a cisplatina, dois agentes quimioterápicos, apresentam uma resposta positiva para 50% das pacientes.

Segundo Brown, enquando o câncer de endométrio no estágio inicial responde, normalmente, a terapias convencionais, a quimioterapia e o tratamento hormonal (veja infografia) não conseguem conter as mortes e as reincidências nos casos mais avançados. De acordo com a Sociedade Americana de Câncer, somente 15% das mulheres no estágio 4 sobrevivem mais de cinco anos depois do diagnóstico.

O estudo foi feito com 20 pacientes, que receberam gemcitabina e cisplatina, drogas utilizadas normalmente para outros tipos de câncer. Elas limitam a progressão da doença e aumentam a sobrevida, ao mesmo tempo em que apresentam níveis tóxicos toleráveis. Acredita-se que, quando administradas juntas, a gemcitabina diminui a resistência das células doentes à cisplatina, tornando o tratamento mais eficaz.

“Os resultados que obtivemos foram encorajadores e ofereceram uma nova direção para a nossa pesquisa para mulheres que sofrem de doenças em estágios avançados”, disse a médica ao Correio. “Nossa descoberta tem potencial de oferecer outra opção para essas pacientes, mas para estabelecer o teste como um tratamento viável ainda teremos de fazer mais pesquisas”, pondera.


Leia mais sobre câncer de endométrio

O câncer endometrial ou do endométrio, atualmente, é considerado a sexta neoplasia maligna da mulher, superada pelas neoplasias do colo uterino, pele, mama, intestino grosso e estômago.De todos os tumores da genitália feminina, 11% são do corpo uterino e destes, 90% são representados pelo câncer do endométrio. Sua maior incidência é entre os 55 e 65 anos de idade e seu aparecimento é mais comum em mulheres brancas, obesas, na pós-menopausa, de baixa paridade e com menopausa tardia.

São considerados fatores de risco para o carcinoma endometrial:

* Estrógenos exógenos
* Estrógenos endógenos
* Nuliparidade
* Dieta rica em gordura
* Obesidade
* Diabetes
* Hipertensão
* Terapia com tamoxifeno

A ação estrogênica persistente é o fator fundamental na gênese da hiperplasia e do carcinoma endometrial, ficando mais evidente e perigosa na pós-menopausa porque nesta fase, o estrogênio estimula a ação proliferativa do endométrio sem a oposição da progesterona. A hiperplasia endometrial é conseqüência do desequilíbrio estro-progestínico endógeno ou exógeno e da maior receptividade do endométrio a esses esteróides. Há evidências de que o adenocarcinoma seja freqüentemente precedido ou associado com a hiperplasia, em particular a atípica, no entanto o número de mulheres com hiperplasia que progride para câncer de endométrio é baixo, variando de 15 a 30%.

Diagnóstico de carcinoma endometrial e suas lesões precursoras

O câncer endometrial causa sangramento uterino anormal como primeiro sintoma em 90% dos casos, tornando relativamente simples sua detecção precoce. De fato, em 75% dos casos o diagnóstico é feito no estádio I da doença. Entretanto menos de 10% das mulheres com sangramento da pós-menopausa apresentam câncer do endométrio. Recentemente novos métodos e técnicas foram desenvolvidos para detecção precoce do câncer endometrial como a ultra-sonografia transvaginal, citologia endometrial, biópsia do endométrio e histeroscopia. A ultra-sonografia e a citologia podem ser consideradas como método de investigação, enquanto as associações da histeroscopia com a biópsia compõem o método de escolha para as pacientes sintomáticas. A utilização destes dois últimos recursos permite eliminar a curetagem uterina como opção diagnóstica em 95% dos casos de carcinoma; vale lembrar que em 60% das curetagens uterinas semióticas obtém-se apenas uma amostragem de 50% do endométrio e, desta forma, 10 a 35% das lesões deixam de ser diagnosticadas.

O tratamento de pacientes com câncer de endométrio é cirúrgico e inclui a retirada do útero e ovários, em alguns casos é realizada a lifadenectomia pélvica. As pacientes com contra-indicação cirúrgica são tratadas com radioterapia. Nos casos mais avançados, a quimioterapia e a progestogenioterapia têm sido empregadas.


Diagnóstico do câncer de endométrio

Já vimos que o sintoma principal que aparece na grande maioria das mulheres com câncer de endométrio é o sangramento uterino anormal, principalmente depois da menopausa. A prevalência de câncer endometrial entre mulheres com sangramento uterino anormal na pós-menopausa é variável, mas estudos apontam ser este um fator de risco importante e que deve receber atenção especial.

Para começar o diagnóstico em relação a tumores endometriais, o médico fará um levantamento de dados da paciente levando em conta os fatores de risco tais como: irregularidade menstrual, diabetes, hipertensão arterial, obesidade e idade acima dos 40 anos. A investigação do câncer de endométrio deve ser realizada em mulheres assintomáticas que apresentam fatores de risco através de exames. Os meios utilizados para o rastreamento do câncer endometrial são: citologia cérvicovaginal, citologia endometrial e ultra-sonografia e ecografia transvaginal.

A ecografia transvaginal pode apresentar o endométrio espessado e a necessidade de ser realizada uma biópsia endometrial. Em geral, todos os exames que permitam retirar uma amostra do endométrio fecham o diagnóstico de câncer de endométrio. São eles: biópsia endometrial que pode ser realizada no próprio consultório médico ou em um ambulatório; a curetagem uterina com dilatação do colo uterino,realizada com anestesia, e a histeroscopia com biópsia dirigida (pode ser realizada com ou sem anestesia, dependendo de cada caso). A histeroscopia possibilita também o diagnóstico de doenças benignas, como pólipos e miomas.

A vídeo-histeroscopia diagnóstica apresenta vantagens para a detecção do câncer de endométrio porque permite avaliar o tamanho e o local de origem do tumor. Por isso, ajuda no estadiamento, na análise do comprometimento do colo uterino. É um método menos agressivo e menos dispendioso do que a dilatação e curetagem uterina com anestesia. A biópsia endometrial é obrigatória e é a única maneira de comprovar o diagnóstico suspeito de câncer de endométrio.

Tratamento do câncer de endométrio
O tratamento oferecido a pacientes com câncer de endométrio é a cirurgia que, geralmente, inclui a retirada do útero e dos ovários, isto é, uma histerectomia total. Em alguns casos, é realizada a linfadenectomia pélvica que consiste na retirada cirúrgica de uma pequena parte do sistema linfático para impedir metástases. As pacientes com contra-indicação cirúrgica devem ser tratadas com radioterapia. Nos casos mais avançados de câncer endometrial, a quimioterapia e a progestogenioterapia têm sido empregadas. Hormonioterapia e quimioterapia são tratamentos indicados nos casos de câncer de endométrio avançados ou de recidiva do tumor.

O endométrio é a mucosa que reveste a cavidade interna do útero. Nos casos de câncer endometrial, a prevenção não é viável. No entanto, o diagnóstico precoce é fundamental para a cura da paciente.

Há um aumento progressivo do número de pacientes portadoras de câncer do endométrio nos últimos anos, em função do aumento da expectativa de vida, isto porque o câncer do endométrio é um câncer típico da mulher idosa. O aumento significativo do uso prolongado e indiscriminado dos hormônios estrogênicos para o tratamento do climatério e da menopausa também contribui para o aumento do número de casos de câncer de endométrio.

Há um grupo de mulheres que apresenta maior incidência de câncer do endométrio e essas mulheres são consideradas pacientes de alto risco. Os fatores de risco são:

* a idade, porque é uma doença mais característica da mulher idosa;
* a dieta alimentar porque o câncer de endométrio é mais freqüente em mulheres com maior ingestão de gordura;
* mulheres que tiveram uma menarca precoce e uma menopausa tardia;
* mulheres que não tiveram filhos;
* o uso prolongado e indiscriminado, em altas doses, dos hormônios estrogênicos para o tratamento da reposição hormonal da menopausa;
* hipertensão, diabetes e obesidade também são considerados fatores de risco porque o câncer de endométrio vem acompanhado por essas doenças.

O diagnóstico precoce é fundamental para os casos de câncer de endométrio. Anualmente, a mulher com mais de 40 anos de idade deve fazer uma ultra-sonografia do útero. Após a menopausa, qualquer perda sangüínea pela via vaginal deverá ser investigada o mais rapidamente possível para a descoberta precoce de qualquer lesão pré-maligna ou já maligna em fase inicial.

O uso prolongado de pílulas anticoncepcionais que contenham progestogênio diminui bastante os casos de câncer do endométrio.
Da Agência Brasil

Fonte: Pernambuco.com

Anvisa reunirá especialistas para tentar frear bactéria que matou 14 no DF

O surto da bactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) no Distrito Federal começa a preocupar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Um grupo seleto de infectologistas e bacteriologistas, de todo o Brasil, irá se reunir no próximo dia 22 para discutir o poder de resistência do micro-organismo e padronizar informações. Desde janeiro, 14 pacientes internados em hospitais privados e públicos da capital morreram infectados pelo KPC. Outros quatro casos estão sendo investigados.

O micro-organismo já foi detectado em oito hospitais particulares e em nove (60%) das 15 unidades da rede pública do DF. Dos hospitais públicos, os com maior ocorrência de contaminação pela superbactéria são o Hospital Regional de Santa Maria e o Hospital de Base, todos de responsabilidade do Governo do Distrito Federal. Mantido pela União, o Hospital Universitário de Brasília (HUB) registrou cinco casos suspeitos. Desses, três fatais. A KPC ataca pacientes em estado grave, geralmente internados em Unidades de Terapia Intensiva — UTIs.

A dificuldade em combater a superbactéria preocupa especialistas. Apenas três antibióticos — tigerciclina, polimixina B e amicacina — de eficácia ainda não comprovada, estão sendo usados no tratamento da infecção. “A oportunidade de cura dele (paciente) fica muito limitada. Nós não temos, no momento, a informação se as indústrias estão lançando um antibiótico novo”, afirma Isabela Rodrigues, enfermeira e coordenadora do serviço de controle de infecção do HUB.

“Quando o paciente está mais debilitado ele se torna mais suscetível a qualquer infecção. Nesse sentido, ele não consegue defesa. São três antibióticos usados para combatê-la, mesmo assim não garantem que ele (o doente) vai se curar. O que está chamando a atenção é a dificuldade de tratamento”, complementa Isabela. A KPC é multirresitente ao efeito de remédios. Ela produz uma enzima que inibe a ação dos antibióticos carbapenemênicos, muito usados contra infecções bacterianas.

Documento
Justamente essa dificuldade levou a Anvisa a convocar a reunião do dia 22 próximo. Dela, a agência do governo federal pretende editar um documento para orientar profissionais de saúde de todo o país. “Desse encontro deverá sair um documento de alerta aos profissionais de saúde com orientações para o controle da bactéria”, adianta o gerente-geral do serviço de saúde da Anvisa, Heder Murari.

Além de ser difícil de ser combatida, a KPC requer exames laboratoriais minuciosos para ser diagnosticada — apenas um estudo com material genético colhido do paciente é que pode confirmar sua presença. Ela se manifesta com sintomas de uma infecção normal, febre, dores na bexiga (se for o caso de uma infecção urinária), tosse (se for uma infecção respiratória).

“Recém-nascidos, pessoas com doenças de base (como diabete, problemas no coração, HIV, câncer) são mais suscetíveis à infecção da superbactéria”, alerta o médico Marcos Antonio Cyrillo, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). “Em pessoas saudáveis o risco de ter qualquer infecção é muito pequeno”, esclarece a enfermeira Isabela Rodrigues.

Isolamento
Com poucas armas para a cura, a Secretaria de Saúde do DF tem focado na prevenção. A pasta criou um Comitê Gestor Central para monitorar e acompanhar a evolução do surto nos hospitais públicos e privados. Pacientes infectados e colonizados — que têm a bactéria, mas não a infecção — estão sendo mantidos em áreas isoladas. Como a contaminação se dá por meio do contato direto, os materiais hospitalares usados no trato dos pacientes infectados, como luvas, aventais e máscaras, são descartáveis.

Medidas simples de higiene também são fundamentais para evitar a propagação do micro-organismo, “como instalar higienizadores de álcool em gel no leito dos pacientes. Assim como os profissionais de saúde, os visitantes precisam lavar a mão com água e sabão e usar álcool em gel sempre que entrar em contato com uma pessoa infectada”, ressalta Heder Murari, da Anvisa. Por enquanto, a bactéria está limitada ao ambiente hospitalar, garantem os técnicos da Secretaria de Saúde do DF e da Anvisa.

Um boletim com números atualizados sobre o surto de KPC no Distrito Federal deverá ser publicado amanhã. Apesar da gravidade das infecções, ninguém do órgão tem dado entrevista. A assessoria de comunicação limitou-se a informar ontem que, antes da divulgação da nova estatística, ninguém da secretaria falará sobre o assunto.

Faltam registros

O Distrito Federal é a Unidade da Federação com maior registros de ocorrências de pessoas infectadas pela KPC. Além das capital, há relatos de casos em outras grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. “Mas não são dados oficiais. Isso tem a ver com a dificuldade de diagnosticar a bactéria”, afirma o gerente-geral do serviço de saúde da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Heder Murari.

Apesar do surto na capital da República, com 14 mortes confirmadas relacionadas à infecção do micro-organismo, Murari acredita que não há motivos para alarme. “As orientações da Secretaria de Saúde estão dentro do preconizado pela Anvisa. Além disso, estamos fazendo um trabalho conjunto de retroalimentação de dados. O que não está sendo feito pelas coordenações de controle de infecções dos estados”, explica Murari. Ele, no entanto, reconhece a gravidade do problema. “Em geral, a bactéria agravou o quadro principal de todos os pacientes infectados no DF.”

A bactéria vem de uma mutação genética e está presente em outros países como Estados Unidos e Itália. “Não é um micro-organismo novo. Ele existe desde a década de 1990. De uns anos para cá, se fortaleceu e apareceu com mais frequência”, explica o diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Marcos Antonio Cyrillo. “Aqui no Brasil, por enquanto, o surto está restrito a Brasília”, alerta Murari.
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 Fonte: Correio Braziliense

sábado, 9 de outubro de 2010

E o projeto de lei 5359/2009? Ainda estamos de olho!

Data de Apresentação: 03/06/2009
Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II
Regime de tramitação: Ordinária
Situação: CSSF: Pronta para Pauta.
Ementa: Dispõe sobre o exercício da profissão farmacêutica e do piso salarial profissional da categoria, e dá outras providências.
Explicação da Ementa: Revoga dispositivos do Decreto nº 20.377, de 1931.
Indexação: Exercício profissional, profissão, Farmacêutico, fixação, piso salarial profissional, atribuição, revogação, dispositivos, Decreto.
Despacho:
1/7/2009 - Às Comissões de Seguridade Social e Família; Trabalho, de Administração e Serviço Público; Finanças e Tributação (Art. 54 RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) - Art. 24, II Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II Regime de Tramitação: Ordinária

Legislação Citada

Emendas
   CSSF (SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA)
       EMR 1 CSSF (Emenda de Relator) - Dr. Paulo César

Pareceres, Votos e Redação Final
   CSSF (SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA)
       PRL 1 CSSF (Parecer do Relator) - Dr. Paulo César

Última Ação:

Data  
17/6/2010 -  Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF) -  Parecer do Relator, Dep. Dr. Paulo César (PR-RJ), pela aprovação, com emenda.(íntegra)

Andamento

Obs.: o andamento da proposição fora desta Casa Legislativa não é tratado pelo sistema, devendo ser consultado nos órgãos respectivos.
Data  
3/6/2009 PLENÁRIO  (PLEN)
Apresentação do Projeto de Lei pelo Deputado Mauro Nazif (PSB-RO).(íntegra)
1/7/2009 Mesa Diretora da Câmara dos Deputados  (MESA)
Às Comissões de Seguridade Social e Família; Trabalho, de Administração e Serviço Público; Finanças e Tributação (Art. 54 RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) - Art. 24, II Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II Regime de Tramitação: Ordinária (íntegra)
6/7/2009 COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES  (CCP)
Encaminhada à publicação. Publicação Inicial no DCD de 07/07/09 PÁG 33643 COL 02(publicação)
6/7/2009 Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Recebimento pela CSSF.
8/7/2009 Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Designado Relator, Dep. Dr. Paulo César (PR-RJ)
15/7/2009 Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Prazo para Emendas ao Projeto (5 sessões ordinárias a partir de 16/07/2009)
11/8/2009 Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Encerrado o prazo para emendas ao projeto. Não foram apresentadas emendas.
17/6/2010 Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Apresentação do Parecer do Relator n. 1 CSSF, pelo Deputado Dr. Paulo César (PR-RJ).(íntegra)
17/6/2010 Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Parecer do Relator, Dep. Dr. Paulo César (PR-RJ), pela aprovação, com emenda.(íntegra)

A Importância do Movimento Estudantil de Farmácia

logo-enefarO Movimento Estudantil representa uma forma de inquietação dos estudantes que não se contentam ou não concordam com os rumos da profissão/sociedade, e sentem a necessidade de se movimentar, não ser "mais um" na sociedade. Atualmente, o Movimento Estudantil de Farmácia (MEF), com quase 35 anos de história, luta por uma melhor formação dos estudantes de farmácia e traz discussões no âmbito político e profissional ligados ao Movimento Estudantil nacional.
É de suma importância o despertar político pelos estudantes sendo que muitas vezes os alunos se sentem em uma "zona de conforto". Questionar o que acontece ao seu redor é fundamental. A atualidade da profissão farmacêutica requer isso! Como profissionais da saúde nossa profissão necessita de seres políticos, que entendam a sociedade e se manifestem a favor dela, para mudar, melhorar. Sendo profissionais críticos temos como resposta o reconhecimento visto a importância dessa profissão no âmbito da saúde onde somos indivíduos cuidadores de pessoas.
O MEF apesar de ser um movimento estudantil de categoria está ligado e em constante discussão sobre os temas sociais, a sociedade como um todo.
A entidade máxima representativa do MEF, a ENEFAR (Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia) se organiza em Coordenação Nacional (CN) com seis membros e está é eleita todos os anos durante o ENEF (Encontro Nacional dos Estudantes de Farmácia) que acontece no mês de Julho.

A Comissão Nacional eleita no 33º ENEF em Porto Alegre – RS traz consigo o lema "Do iapoque ao chuí o MEF se encontra aqui" e é batizada de "Integrar, Crescer e Mudar – Rafael Schuab". Vemos a grande tarefa a ser cumprida: aproximar os estudantes de farmácia do MEF, mostrar para eles essa importância! Para isso é necessário que todos estudantes conheçam essa entendide e se sintam representados por ela. Assim sendo, nós da CN, queremos conhecer a necessidades dos estudantes de farmácia das mais diversas escolas do país e poder, junto com tod@s, lutar pela melhoria de nosso curso tornando os estudantes de hoje profissionais diferenciados no amanhã.

Coordenação Nacional da ENEFAR (Gestão 2010-2011)
"Integrar, Crescer e Mudar – Rafael Schuab"
 



 Fonte: Portal Farmacêutico
ietação dos estudantes que não se contentam ou não concordam com os rumos da profissão/sociedade, e sentem a necessidade de se movimentar, não ser "mais um" na sociedade. Atualmente, o Movimento Estudantil de Farmácia (MEF), com quase 35 anos de história, luta por uma melhor formação dos estudantes de farmácia e traz discussões no âmbito político e profissional ligados ao Movimento Estudantil nacional.É de suma importância o despertar político pelos estudantes sendo que muitas vezes os alunos se sentem em uma "zona de conforto". Questionar o que acontece ao seu redor é fundamental. A atualidade da profissão farmacêutica requer isso! Como profissionais da saúde nossa profissão necessita de seres políticos, que entendam a sociedade e se manifestem a favor dela, para mudar, melhorar. Sendo profissionais críticos temos como resposta o reconhecimento visto a importância dessa profissão no âmbito da saúde onde somos indivíduos cuidadores de pessoas.
O MEF apesar de ser um movimento estudantil de categoria está ligado e em constante discussão sobre os temas sociais, a sociedade como um todo.
A entidade máxima representativa do MEF, a ENEFAR (Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia) se organiza em Coordenação Nacional (CN) com seis membros e está é eleita todos os anos durante o ENEF (Encontro Nacional dos Estudantes de Farmácia) que acontece no mês de Julho.
A Comissão Nacional eleita no 33º ENEF em Porto Alegre – RS traz consigo o lema "Do iapoque ao chuí o MEF se encontra aqui" e é batizada de "Integrar, Crescer e Mudar – Rafael Schuab". Vemos a grande tarefa a ser cumprida: aproximar os estudantes de farmácia do MEF, mostrar para eles essa importância! Para isso é necessário que todos estudantes conheçam essa entendide e se sintam representados por ela. Assim sendo, nós da CN, queremos conhecer a necessidades dos estudantes de farmácia das mais diversas escolas do país e poder, junto com tod@s, lutar pela melhoria de nosso curso tornando os estudantes de hoje profissionais diferenciados no amanhã.
Coordenação Nacional da ENEFAR (Gestão 2010-2011)
"Integrar, Crescer e Mudar – Rafael Schuab"

 Fonte: Coordenação Nacional da Enefar

Movimento Estudantil representa uma forma de inquietação dos estudantes que não se contentam ou não concordam com os rumos da profissão/sociedade, e sentem a necessidade de se movimentar, não ser "mais um" na sociedade. Atualmente, o Movimento Estudantil de Farmácia (MEF), com quase 35 anos de história, luta por uma melhor formação dos estudantes de farmácia e traz discussões no âmbito político e profissional ligados ao Movimento Estudantil nacional.É de suma importância o despertar político pelos estudantes sendo que muitas vezes os alunos se sentem em uma "zona de conforto". Questionar o que acontece ao seu redor é fundamental. A atualidade da profissão farmacêutica requer isso! Como profissionais da saúde nossa profissão necessita de seres políticos, que entendam a sociedade e se manifestem a favor dela, para mudar, melhorar. Sendo profissionais críticos temos como resposta o reconhecimento visto a importância dessa profissão no âmbito da saúde onde somos indivíduos cuidadores de pessoas.
O MEF apesar de ser um movimento estudantil de categoria está ligado e em constante discussão sobre os temas sociais, a sociedade como um todo.
A entidade máxima representativa do MEF, a ENEFAR (Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia) se organiza em Coordenação Nacional (CN) com seis membros e está é eleita todos os anos durante o ENEF (Encontro Nacional dos Estudantes de Farmácia) que acontece no mês de Julho.
A Comissão Nacional eleita no 33º ENEF em Porto Alegre – RS traz consigo o lema "Do iapoque ao chuí o MEF se encontra aqui" e é batizada de "Integrar, Crescer e Mudar – Rafael Schuab". Vemos a grande tarefa a ser cumprida: aproximar os estudantes de farmácia do MEF, mostrar para eles essa importância! Para isso é necessário que todos estudantes conheçam essa entendide e se sintam representados por ela. Assim sendo, nós da CN, queremos conhecer a necessidades dos estudantes de farmácia das mais diversas escolas do país e poder, junto com tod@s, lutar pela melhoria de nosso curso tornando os estudantes de hoje profissionais diferenciados no amanhã.
Coordenação Nacional da ENEFAR (Gestão 2010-2011)
"Integrar, Crescer e Mudar – Rafael Schuab"

 Fonte: Coordenação Nacional da Enefar

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Colágeno se mostra forte aliado no combate aos efeitos do tempo


O consumo, desde jovem, de produtos à base de colágeno, somado à uma alimentação balanceada, diminui o envelhecimento

Sentir-se mais jovem diante do espelho é mais uma questão de saúde do que de vaidade ou estética. Quem afirma é a farmacêutica bioquímica e cosmetóloga, Joyce Rodrigues, que cita o colágeno como grande aliado para se preparar, desde cedo, contra os efeitos do tempo sobre o corpo: “Os produtos com colágeno podem ser utilizados já a partir dos 20 anos, pois hidratam e mantêm a aparência da pele saudável. Eles previnem o surgimento de rugas e o envelhecimento precoce, bem como o aparecimento de estrias e celulite”, afirma Joyce.

O consumo de colágeno representa uma alternativa mais saudável à corrida desenfreada por plásticas (em casos extremos, com mortes devido ao despreparo de clínicas) e por métodos de duvidosa eficácia. Por não ter contra-indicações, não é à toa o “boom” de produtos à base de colágeno, no mercado de cosméticos, e a “febre” de consumo do produto em pó por várias estrelas da tevê como Sabrina Sato, Letícia Spiller e Cláudia Ohana.

O colágeno é uma proteína produzida naturalmente pelo corpo humano (30% do total de proteínas que temos), porém, a partir dos 30 anos, há um decréscimo nessa produção. É ele que sustenta as células, deixando-as unidas. Na pele, a perda de colágeno é uma das principais causas do surgimento de rugas e envelhecimento em geral. Enquanto produto, é obtido da extração do colágeno natural do osso ou do couro de bois ou porcos, recebendo posterior hidrólise (quebra das moléculas por água), a fim de garantir a eficiência da absorção no intestino. Carne vermelha, leite e gelatina são alimentos ricos em colágeno, bem como aqueles que são à base de soja.

Mas Joyce vai além da definição das propriedades bioquímicas e benefícios físicos do colágeno. “Ele representa mais qualidade de vida na medida em que a boa aparência deve ser buscada como hábito e não como obsessão, pois se trata de ter mais saúde emocional, hoje e no futuro. Ao invés de um dia tentar ‘recuperar’ a juventude de uma hora para outra, é garantir, desde cedo, um organismo mais preparado aos impactos do tempo”, explica Joyce.

De acordo com a Food and Drugs Administration (FDA), o colágeno hidrolisado é considerado um alimento GRAS, ou seja, reconhecido como seguro à saúde humana. Por não apresentar gordura, colesterol ou contra-indicações, nutricionistas e dermatologistas acreditam que o consumo de um suplemento de colágeno deva ser indicado desde jovem, e que é essencial depois dos 50 anos. Além de prevenir reumatismo e osteoporose, também ajuda a formar massa muscular magra, a hidratar a pele e a fortalecer cabelos e unhas.

Para Joyce, o colágeno não deve ser rotulado como uma simples busca pela “fórmula da juventude”, mas seu consumo deve fazer parte de um projeto de vida. “O envelhecimento facial e as modificações da imagem corporal repercutem, para a própria pessoa, como algo que pode até impossibilitá-la de tocar sua vida e de manter sua auto-estima. Mas uma expressão física bem conservada e jovial faz com que ela se sinta valorizada e realizada, em todas as áreas”, finaliza a farmacêutica bioquímica e cosmetóloga, Joyce Rodrigues.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Anvisa lança selo de segurança para Medicamentos

Quem comprar um medicamento nas farmácias brasileiras poderá conferir, no próprio estabelecimento, se o medicamento é verdadeiro. É que, a partir de janeiro de 2012, cada caixa de medicamento conterá um selo de segurança fornecido pela Casa da Moeda que será reconhecido por leitores óticos em todas as farmácias e drogarias do país. A autenticidade do produto será indicada quando o consumidor aproximar a etiqueta de segurança ao visor do terminal ótico.
O objetivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é minimizar os riscos causados pela existência de medicamentos falsificados, roubados, sem registro ou contrabandeados, no mercado nacional. Só em 2010, a Agência apreendeu 53.575 mil unidades de medicamentos falsificados e contrabandeados e 62,9 toneladas de medicamentos sem registro.
Confira o quadro com as apreensões feitas pela Anvisa de 2007 a 2010:
OPERAÇÕES CONJUNTAS
2007
2008
2009
2010
(jan-set)
Apreensões de Medicamentos Falsificados e Contrabandeados
(Em unidade farmacêutica)
620
1.000
53.535
53.5755





Apreensão de Medicamentos da Portaria SVS/MS nº 344/98
(em caixas)
-
20.000
61.495
155.817





Apreensão de Medicamentos sem Registro
(em toneladas)
5
44
235
62,9





Apreensão de Saneantes, Cosméticos, Alimentos, Produtos para Saúde sem Registro ou Impróprios (em toneladas)
1
171,2
156
79,6

Etiquetas de segurança
O modelo de etiqueta desenvolvido é simples e de fácil reconhecimento pelo usuário final. Os selos, autoadesivos, serão aplicados diretamente nas embalagens secundárias (caixa) dos medicamentos e terão um marcador especial, único e exclusivo, reconhecido apenas pelo Leitor Específico de Autenticação. Cada etiqueta terá, ainda, uma numeração individual não repetitiva (Identificador Único de Medicamento – IUM), que será a ferramenta de base para o sistema eletrônico de rastreabilidade.
Não serão produzidas etiquetas diferenciadas por estado ou fabricante de medicamento. Todas as etiquetas autoadesivas, em todo o país, terão o mesmo formato e características físicas.
Principais características de segurança das etiquetas:
- padrão único, no tamanho de 19 X 25 milímetros;
- existência de fibras e micro esferas coloridas, visíveis sobre luz ultravioleta;
- micro cortes para proteção contra tentativas de violação;
- existência de número serial, de 13 dígitos. Os dois primeiros dígitos representam os dois últimos algarismos do ano em que a etiqueta foi impressa, e os 11 números seguintes representam uma sequência numérica, não repetitiva, dentro do ano em que a etiqueta for impressa. Não existirão etiquetas com números repetidos;
- código bidimensional Datamatrix impresso, que corresponderá ao respectivo número de série da etiqueta;
- marcador invisível de autenticação. Este marcador permitirá o reconhecimento da etiqueta pelos leitores que serão disponibilizados às farmácias e drogarias. Esses leitores serão específicos para essa finalidade e somente eles poderão fazer a leitura dos marcadores das etiquetas.
- etiqueta impermeável, não ocorrendo a penetração de óleo ou produtos químicos;
- etiqueta resistente à água e à umidade. Possui resistência à exposição prolongada ao sol, não apresentando alterações em sua coloração.
- etiqueta não apresentará, com o tempo, deformação em seu formato;
Leitor Específico de Autenticação
Para a leitura das etiquetas, a Anvisa solicitou à Casa do Moeda a produção de leitores óticos, desenvolvidos especialmente para reconhecer o marcador invisível de autenticação inserido no selo. O equipamento funcionará por meio do contato da etiqueta com o visor e, automaticamente, fará a leitura e o reconhecimento da autenticidade do elemento de segurança da etiqueta. Luz verde e sinal sonoro do equipamento indicam que o medicamento é verdadeiro.
Todos os leitores fixos possuirão números individuais e lacres de inviolabilidade de fácil identificação visual para o consumidor e para os agentes de fiscalização. Qualquer tentativa de violação dos lacres ficará evidente: além da impressão do número serial, os lacres possuirão impressões de segurança.
A tecnologia utilizada na fabricação dos leitores específicos de autenticação da Casa da Moeda do Brasil é robusta e segura. Os testes de confiabilidade de leitura indicam 100% de confiabilidade.
Cada farmácia terá um equipamento de leitura instalado em área de fácil acesso para uso livre e gratuito dos consumidores de medicamentos. A Casa da Moeda do Brasil efetuará a entrega dos leitores para todas as farmácias regularizadas na Anvisa, sem nenhum ônus para o estabelecimento. Leitores portáteis também serão entregues à Agência para serem utilizados nas ações de fiscalização.
Mercado
O valor do selo será de R$ 0,07, sem a incidência de impostos. Como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é variável nos diversos Estados da Federação, os preços das etiquetas terão variação conforme o Estado.
Verifica-se que, sobre o mercado total, o impacto do valor do selo é de 0,05% (média). Sobre o mercado de produtos de até R$ 5,00, o impacto do selo é de 2,58% (média).
Rastreabilidade
Em 2010, a Anvisa iniciou interlocução com o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), por meio de representantes da Receita Federal do Brasil e das Secretarias Estaduais de Fazenda, para inclusão do número Identificador Único de Medicamento (IUM) como dado das Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) do setor farmacêutico.
A NF-e será usada como meio transmissor dos números IUM, desde os fabricantes até os distribuidores varejistas de medicamentos. A associação do IUM às demais informações fiscais constitui-se um dos principais pilares do Sistema Nacional de Controle de Medicamento. Por meio da NF-e, será possível recuperar informações históricas e geográficas sobre o caminho percorrido pelos medicamentos, desde sua produção até a entrega ao consumidor.
O teste-piloto virtual para o uso da NF-e está em fase de finalização. A partir de 1º de janeiro de 2011, já estará disponível na NF-e o campo destinado ao IUM para preenchimento pelas empresas farmacêuticas em todas as transações comerciais envolvendo medicamentos.

Histórico
Para aprimorar continuamente os mecanismos de rastreabilidade e autenticidade de medicamentos no país e dar uma resposta efetiva à informalidade, foi criado o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, por meio da lei 11903/09.
A lei prevê que o Sistema será implantado gradualmente em até três anos.
Nesta quarta-feira (6/10), a Anvisa assina nova instrução normativa que define os prazos para a implantação do sistema de rastreamento de medicamentos. A norma será publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira (7/10).
Mais informações
Assessoria de Imprensa da Anvisa
Telefones: (61) 3462 6710
Plantão nos finais de semana: 9674-8388
E-mail: imprensa@anvisa.gov.br
Portal: www.anvisa.gov.br

Selo produzido pela Casa da Moeda


Leitor que confirma a veracidade do Medicamento

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