sábado, 23 de outubro de 2010

Anvisa vai emitir nota com medidas para combater infecções hospitalares

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai emitir uma nota técnica, que deve ser publicada na próxima segunda-feira (25/10), com orientações sobre o combate a infecções hospitalares. As recomendações vão reforçar a higienização, em especial das mãos, obrigando todas as salas com pacientes - hospitais, postos de saúde, ambulatórios - a ter dispensador de álcool.

A Anvisa também vai reforçar a portaria 22.618, do Ministério da Saúde, de 1998, que obriga a notificação nos casos de infecção hospitalar à agência. De acordo com o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano, o sistema poderia ser aprimorado. "A Anvisa tomaria as decisões de forma mais segura se esse processo de notificação fosse mais constante", acredita.

Até às 19h, a reunião entre especialistas da agência e do Ministério da Saúde, que analisa a questão da venda dos antibióticos, ainda não havia terminado. Na pauta, estava a resolução que prevê a venda destes remédios apenas mediante apresentação de receita, emitida em duas vias pelo médico, sendo que uma delas ficará na farmácia.

Barbano também esclareceu que a automedicação é um fos fatores que contribui para o fortalecimento das bactérias. Ele chamou a atenção para o uso consciente dos medicamentos.

Segundo ele, o comitê da Anvisa não identificou nenhuma situação extraodrinária até o momento em relação à bactéria KPC. Para ele, o número de infecções no DF, superior a outros estados, pode se dar pela maior presença das bactérias nos hospitais. Barbano ainda afirma que a situação não é de descontrole e que a incidência é comprovada em quadros clínicos em que a pessoa apresenta imunidade baixa e em ambientes hospitalares.

Superbactéria

Além do Distrito Federal, pelo menos três estados confirmaram casos de infeção pela Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC). Os casos de São Paulo e do Paraná haviam sido anunciados pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, na terça-feira. Ontem, a Secretaria de Saúde da Paraíba confirmou a contaminação de 18 pacientes, sendo 11 deles neste ano.
Apesar de negarem a existência de infecções pela superbactéria, os governos de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul decretaram estado de alerta e adotaram medidas de prevenção nas unidades hospitalares. Em menos de duas semanas, o número de pessoas infectadas pela bactéria KPC no DF saltou de 108 para 183, um aumento de 69,4%. 

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