terça-feira, 12 de abril de 2011

'Aedes aegypti': recomenda-se cautela para receitas caseiras

Cravo da índia, álcool e borra de café. Estes são ingredientes de algumas das fórmulas que circulam na internet prometendo proteção contra o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue. Porém, especialistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) chamam atenção para o fato de que não há comprovação científica da eficácia desses produtos e alertam para o perigo que podem representar para a saúde da população. Eles reafirmam que o controle de criadouros pela população é a principal medida para combater o vetor.

Especialistas reafirmam que o controle de criadouros pela população é a principal medida para combater o vetor da doença.
“O Aedes aegypti é atraído pelo cheiro humano e pela liberação de gás carbônico. Por isso, cheiros fortes aplicados na pele podem desviar sua atenção, fazendo com que ele não considere a pessoa como um alvo. Recomendações como comer alho, cebola ou tomar vitamina C não são eficazes, já que seriam necessárias a ingestão de enormes quantidades para que o organismo liberasse o cheiro desses produtos no suor”, esclarece o pesquisador do IOC, Ricardo Lourenço. “Outro aspecto importante é que a altitude de voo do mosquito transmissor da dengue não passa de meio metro; como consequência, ele pica mais nas partes expostas nesta altura”, declara, explicando que esta é a área de maior concentração de gás carbônico.

No caso do uso de repelentes, o entomologista Ademir Martins alerta para os cuidados que devem ser tomados. “É preciso ressaltar que somente os produtos certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) podem ser utilizados sem riscos, já que passam por inúmeros testes para garantir que não prejudicam nossa saúde”, explica. “Além disso, mesmo que tenham eficácia comprovada, ela estará relacionada com a durabilidade do produto, que pode ser afetada por fatores como suor, por exemplo”, reforça, acrescentando os cuidados necessários no uso em crianças.

Já a pesquisadora Denise Valle, chefe do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes do IOC, ressalta outro aspecto importante em relação às fórmulas caseiras de repelentes. “Uma coisa é um princípio ativo eficiente, que em geral é testado contra os mosquitos em situação particular, em gaiolas pequenas onde estão confinados. Outra coisa bem diferente é ter uma formulação deste princípio ativo que não machuque a sua pele, ou de seus filhos, e que tenha durabilidade”, pontua.

Ainda segundo a especialista, o uso de repelentes gera uma proteção individual e paliativa. “Os repelentes, mesmo os aprovados pela Anvisa, devem ser usados com critério. Eles têm duração limitada e não evitam a presença  do mosquito na sua casa”, declara Denise. A pesquisadora reforça que a melhor forma de combater a dengue é o controle físico do vetor, ou seja, a diminuição da população dos mosquitos, realizada pela eliminação de criadouros do Aedes aegypti nas residências. “O ciclo de vida do Aedes, do ovo ao mosquito adulto, leva de 7 a 10 dias. Se realizarmos uma verificação rápida, de apenas 10 minutos, uma vez por semana, nos locais onde o vetor costuma colocar seus ovos, podemos interferir no seu desenvolvimento e impedir que ovos, larvas e pupas cheguem à fase adulta”, conclui.

Fonte: Fiocruz

Mulheres desconhecem a osteoporose

Osteopenia ou osteoporose

Uma pesquisa recente com 232 mulheres que têm osteopenia ou osteoporose, realizada no Hospital da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mostra um grande desconhecimento das pacientes sobre o tratamento dessas doenças, que são mais comuns em mulheres, especialmente após a menopausa.

A osteopenia é o início da perda da massa óssea, que a longo prazo e sem a adoção de medidas preventivas, pode evoluir para a osteoporose, quando os ossos ficam extremamente frágeis, aumentando o risco de fraturas graves.

Conforme a pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas, de um total de 20 pontos (que representaria um excelente conhecimento sobre as doenças e o tratamento) a média verificada entre as mulheres pesquisadas foi de apenas 3,78 pontos.

Conhecer para tratar

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Vocabulário de formas farmacêuticas é publicado

A Anvisa divulga, nesta quinta-feira (7/4), o Vocabulário Controlado de Formas Farmacêuticas, Vias de Administração e Embalagens de Medicamentos. A publicação ficará  disponível no portal da Agência, no link “Medicamentos”.

O livreto contém a padronização das nomenclaturas e conceitos relacionados às formas farmacêuticas, vias de administração e embalagens de medicamentos para serem utilizados como referência primária, principalmente no registro e pós-registro de medicamentos.

Outro aspecto importante são as abreviações das características técnicas, muito utilizadas em publicações oficiais. Quando não seguem um padrão, essas abreviações constituem um obstáculo para a comunicação

Os conceitos e nomenclaturas também devem ser empregados  nas bulas e rótulos, nos sistemas de informações, na certificação de Boas Práticas de Fabricação e em outras atividades que exigem informações padronizadas. A falta de padronização dificulta a classificação correta dos medicamentos e o entendimento comum.


Fonte: Anvisa

Dia Mundial da Saúde tem como tema a resistência microbiana

Bactérias resistentes

A proliferação das bactérias e de outros microorganismos resistentes à maior parte dos medicamentos requer atenção por parte dos governos e das autoridades médicas.

É com esse alerta que a Organização Mundial da Saúde (OMS) elegeu o combate à resistência microbiana como tema do Dia Mundial da Saúde deste ano, comemorado hoje (7).

Para a Organização das Nações Unidas (ONU), o avanço desses microorganismos ameaça a eficácia de vários tratamentos e cirurgias, como o de câncer e o transplante de órgãos.

Além disso, a resistência microbiana deixa as pessoas doentes por mais tempo, eleva o risco de morte e torna os tratamentos caros. No ano passado, foram registrados, pelo menos, 440 mil casos de tuberculose multirresistente e 150 mil mortes em mais de 60 países.

Uso de antibióticos

O uso indiscriminado dos antibióticos é apontado como a causa principal para o surgimento das superbactérias.

Desde a descoberta da penicilina, o antibiótico é a grande arma da medicina contra as doenças causadas por bactérias. Com o uso intenso e frequente desse tipo de remédio, as bactérias criaram mecanismos para contornar a ação do remédio
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...