quarta-feira, 29 de setembro de 2010

PUC Rio - Polimorfismo e Nanofármacos

Especialistas do Brasil e da Argentina se encontrarão dia 8 de outubro para abordar questões como soluções técnicas, legislação e oportunidades de trabalho na indústria farmacêutica, no workshop “Polimorfismo e Nanofármacos: oportunidades, tendências e desafios na indústria farmacêutica”. O evento, que nasceu de uma parceria entre a NanoBusiness Informação e Inovação e o  Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio), acontece no Auditório Amex (Prédio IAG/Campus da PUC-Rio), a partir das 9h.

Voltado para estudantes de engenharia, farmácia, direito, química, biologia, física e medicina, além de profissionais da indústria farmacêutica, o encontro pretende discutir o impacto do polimorfismo na legislação e no setor de patentes e propor soluções para problemas relativos ao controle de qualidade dos remédios que apresentam polimorfismo — propriedade que algumas substâncias têm de existir no estado sólido em mais de uma estrutura cristalina (forma ordenada dos átomos ou moléculas) e medicamentos que sofreram processos de nanonização (capazes de produzir partículas em escala nanométrica - mil vezes menores do que um micrômetro) e micronização (processo de moagem de um material, produzindo partículas na escala dos micrômetros).

Sem controle de qualidade e pesquisa dos remédios que apresentam polimorfismo, medicamentos podem ser ineficientes e até perigosos
O polimorfismo ocorre em remédios sólidos (comprimidos e drágeas). No Brasil não há uma legislação madura a respeito do seu controle — como existe na Europa e nos EUA, por exemplo — e o workshop pretende justamente sensibilizar a sociedade para a importância desta regulamentação. A Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) está atenta ao caso e vem criando portarias a respeito. Está em jogo a saúde das pessoas: remédios que não passem por este tipo de avaliação (geralmente os genéricos) podem ser ineficientes ou causar efeitos tóxicos.


Algumas indústrias já fazem esse controle com genéricos e os medicamentos fabricados em grandes laboratórios já chegam ao país com o crivo do FDA (Food and Drug Administration), garantindo assim eficiência e segurança nos seus resultados. Segundo Ronaldo Pedro da Silva, do e-Diffraction Pharma (unidade da NanoBusiness) e coordenador do evento, o Brasil não deixa nada a dever a outros países, pois conta com mão de obra e pesquisadores qualificados a prestarem este serviço de controle de qualidade e pesquisa, além de uma infraestrutura de equipamentos e laboratórios adequada.


A abertura do encontro ficará a cargo do Reitor da PUC-Rio, o Padre Josafá Carlos de Siqueira SJ. No evento, estarão presentes especialistas do Departamento de Engenharia de Materiais do CTC/PUC-Rio, Unicamp, Fiocruz, INPI, UFABC, Panalytical e Ceprocor (Argentina). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do e-mail workshop@nanobusiness.com.br.


SERVIÇO:


Evento: Workshop “Polimorfismo e Nanofármacos: oportunidades, tendências e desafios na Indústria farmacêutica

Data: 8 de outubro
Horário: Das 9h às 18h
Local: PUC-Rio (Auditório AMEX/Prédio IAG)
Endereço: Rua Marquês de São Vicente, 225
Telefone: 3527-1242

Inscrições e programação: workshop@nanobusiness.com.br
Outras informações: http://www.nanobusiness.com.br e http://www.e-diffraction.com

Um comentário:

  1. Infelizmente não tivermos a oportunidade participarmos desse evento, como os representantes da Rigaku Company. Concordo com a existência de excelentes profissionais nessa área, mas posso afirmar que a diretoria dessas empresas está pouco interessada no uso desse tipo de técnica. Apesar de saberem do uso da técnica de DRX no exterior, nunca quiseram realizar a aquisição desse tipo de equipamento alegando que a ANVISA por não exigir isso, pouco importa para eles a compra de um DRX.
    Há 3 ou 4 anos atrás, fiz uma varredura em empresas farmaceúticas, e minha surpresa foi que muitos dessas pessoas responáveis pelo controle de qualidade nem sabiam a aplicação de DRX na indústria farmaceútica. Espero que essa realidade mude rapidamente.

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