terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dose baixa de aspirina pode proteger contra o câncer colorretal, diz estudo publicado no jornal GUT.

Estudos prévios já demonstraram que a aspirina e outros anti-inflamatórios não esteróides (AINHs) diminuem o risco de câncer colorretal. Entretanto, a menor dose efetiva, a duração do tratamento e os efeitos na sobrevida não estão definidos. Pesquisadores da University of Edinburgh fizeram um estudo caso-controle com uma grande população para explorar esta relação entre AINHs e o risco de câncer colorretal.

O estudo foi publicado no jornal GUT (An International Journal of Gastroenterology and Hepatology). Foram avaliados 2.279 casos e 2.907 controles. Os participantes responderam questionário sobre alimentação e estilo de vida. Naqueles que receberam 75mg de aspirina ao dia, uma dose baixa desta medicação, foi encontrado um risco menor para o câncer colorretal, evidenciado após um ano de uso do remédio. De acordo com o estudo, o uso desta dose durante o período de um a três anos reduziu a chance de desenvolver câncer de intestino em 19%. De três a cinco anos de uso a redução foi de 24%. De cinco a dez anos, 31%.

Não foram demonstrados benefícios para o uso da aspirina ou outros AINHs em pessoas que já estão com este tipo de tumor.

A dose de aspirina habitualmente usada para alívio de dores em adultos fica entre 300 e 900mg. A dose usada neste estudo é menor do que a indicada para crianças, mas é importante saber que mesmo dosagens baixas de aspirina podem não ser adequadas para todas as pessoas e o seu uso deve ser recomendado e acompanhado por médicos.

Este é o primeiro estudo a demonstrar um efeito de proteção contra tumores de intestino com o uso de baixa dose de aspirina (75mg ao dia) depois de apenas um ano de uso da medicação.

Fonte: GUT – An International Journal of Gastroenterology and Hepatology, publicação online de 15 de setembro de 2010.






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