quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Fígado em miniatura, criado com células humanas, é esperança para transplantes

Os novos fígados são funcionais em ambiente de laboratório. O próximo passo é verificar sua reação em um modelo animal.

Pesquisadores do Instituto de Medicina Regenerativa da Universidade Batista Wake Forest, nos Estados Unidos, chegaram a um inicial, mas importante, marco na criação de fígados de substituição no laboratório. Eles são os primeiros a utilizar células de fígado humano com êxito para desenvolver fígados em miniatura que funcionam - pelo menos em um ambiente de laboratório. O próximo passo é verificar se o fígado vai continuar a funcionar após o transplante em um modelo animal.

O objetivo final da pesquisa é fornecer uma solução para a escassez de doadores de fígado disponíveis para os pacientes que precisam de transplantes. Os fígados de laboratório também poderiam ser usados para testar a segurança de novos medicamentos.

"Estamos muito animados sobre as possibilidades que essa pesquisa representa, mas devemos salientar que estamos em uma fase inicial e muitos obstáculos técnicos precisam ser superados antes que pacientes possam ser beneficiados", disse Shay Soker, professor de medicina regenerativa e o diretor do projeto. "Não só temos de aprender a cultivar bilhões de células do fígado de uma só vez, a fim de construir fígados grandes o suficiente para os pacientes, mas temos de determinar se estes órgãos são seguros para uso em transplantes".

Os fígados de engenharia, que têm cerca de uma polegada de diâmetro, teriam que pesar cerca de 500 gramas para atender as necessidades mínimas do corpo humano, disseram os cientistas. Mesmo com o tamanho maior, os órgãos não seriam tão grandes como os fígados humanos, mas provavelmente forneceriam função semelhante. A pesquisa mostrou que os fígados humanos podem funcionar com 30% da capacidade.
A capacidade de engendrar um fígado com células de origem animal já tinha sido demonstrada anteriormente. 

No entanto, a possibilidade de gerar um fígado humano funcional ainda estava em questão.

Os pesquisadores disseram que o estudo atual sugere uma nova abordagem para a bioengenharia de órgãos inteiros, que pode revelar-se crucial não só para tratar a doença de fígado, mas para os órgãos de crescimento, tais como o rim e o pâncreas. 

Fonte: Isaúde

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