sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Misturar remédios pode causar graves problemas a pacientes

A combinação de vários remédios, sem orientação, pode levar a um efeito contrário do que se espera. Em vez de curar sintomas, provocar mais algum.

O Conselho Regional de Farmácia de São Paulo aproveitou o Dia do Farmacêutico para fazer um alerta sobre os riscos da combinação errada de remédios. O repórter Fábio Turci mostra algumas consequências dessas misturas perigosas.

Uma doença não respeita a vez da outra. Tem dia que a gente acorda com várias ao mesmo tempo. “Gripado, uma dor na coluna”, disse um homem. “Dor de cabeça, então tomo o remédio febre, outro remédio”, contou outro.

Na casa de Dona Lúcia ela mesma receitava os remédios para toda a família. “Comprava e fazia a gente tomar”, contou o marido.

“Essa febre é alta, então, toma anti-inflamatório que está com alguma coisa inflamada. Não resolveu, toma antibiótico que melhora. Vai tomando dipirona que abaixa a febre”, confessou a dona de casa Lúcia Rodrigues.

Só que a combinação de vários remédios, sem orientação, pode causar o efeito contrário do que se espera. Em vez de curar os sintomas, provocar mais algum. Farmacêuticos e médicos alertam pra algumas combinações perigosas.

Anti-inflamatórios e ácido acetilsalicílico, para gripe: risco de sangramento no estômago. Antigripais e paracetamol, usado no combate à febre podem atrapalhar o funcionamento do fígado porque muitos antigripais já têm paracetamol.

Antibióticos e anti-inflamatórios diminuem o efeito das pílulas anticoncepcionais. Assim como os antiácidos, contra o mal estar, reduzem o efeito dos antialérgicos.

“A automedicação é complicadíssima. Ela pode estar provocando esses efeitos colaterais, essas reações. E, devido aos casos mais graves de combinação de vários medicamentos, levar até a morte”, explicou a presidente do Conselho Regional de Farmácia de SP, Raquel Rizzi.

Cabe aos médicos combinar os remédios. Mas, para isso, é preciso contar a eles tudo o que se está tomando.

“Para não ter o risco de esquecer, levar sempre em uma consulta a bula, a caixinha, as receitas daqueles medicamentos que a gente já usa para que o médico possa ter o conhecimento desses medicamentos e, com isso, prescrever a melhor medicação possível”, alertou o toxicologista Sérgio Graff.

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