domingo, 13 de fevereiro de 2011

Consumo de ômega 3 está relacionado a menor risco de doenças oculares

Salmão é um dos alimentos ricos nesse tipo de nutriente

Estudos comprovaram a eficácia da substância no combate ao problema - Divulgação
Além de ser uma gordura benéfica para o coração, o ômega 3 pode estar relacionado também à saúde dos olhos. Resultados de estudos recentes realizados pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, sugerem que pacientes com Degeneração Macular Relacionada com a Idade (DMRI) avançada são menos propensos a consumir peixes e mariscos. Os pesquisadores americanos reuniram e analisaram dados dietéticos e oftalmológicos de 2,5 mil idosos entre 65 e 84 anos de Maryland. 

Neste grupo, foram acompanhados de perto os participantes que já apresentavam drusas - acúmulos de substâncias tóxicas nas camadas mais profundas da retina - e os que tinham anormalidades no epitélio pigmentar da retina.

Só então a relação entre o desenvolvimento de DMRI e o consumo de peixes e crustáceos foi examinada. Os resultados indicam que os idosos que consumiram uma ou mais porções de peixes e crustáceos por semana, alimentos ricos em ácidos graxos ômega 3, tiveram um risco reduzido de desenvolver a DMRI em sua versão mais avançada, em comparação com aqueles que consumiam peixes ou mariscos com menos frequência.

Além da pesquisa realizada na Hopkins, outros estudos de base populacional têm mostrado uma associação inversa entre a ingestão dietética de ácidos graxos Ômega-3 e o risco de DMRI tardia. Atualmente, um ensaio clínico randomizado conduzido pelo National Eye Institute, o AREDS2, investiga o efeito que o Ômega-3 e outros suplementos de ácidos graxos podem ter na progressão para DMRI avançada.

Segundo o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor do Instituto de Moléstias Oculares (IMO), o papel protetor dos peixes parece potencialmente ligado ao seu teor de ômega 3.

— Ainda não foram investigados completamente os impactos dos diferentes tipos de peixes ou frutos do mar como fator de proteção das doenças oculares, mas já sabemos que a ingestão elevada de alimentos ricos em ácidos graxos, como o caranguejo e ostras, têm um efeito protetor sobre a retina, o que diminui o risco de desenvolvimento da DMRI — afirma.

O ômega 3 é importante para preservar os pequenos vasos que irrigam os olhos e ainda protege a retina contra inflamações. Conforme Centurion, não são apenas os peixes que merecem entrar no prato com mais frequência: as nozes também são protetoras da visão. Dois punhados por semana aumentariam o escudo contra o declínio da mácula. O azeite de oliva é outro exemplo. Assim como as oleaginosas, o benefício vem da mistura de gorduras saudáveis e substâncias antioxidantes, aquelas capazes de atenuar os efeitos do tempo na visão.

Fonte: Zero Hora

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