quarta-feira, 10 de março de 2010

Entenda a função do farmacêutico e sua importância na hora da compra do remédio

Profissional pode prescrever remédios de venda livre e acompanhar tratamento

A função do farmacêutico não parece muito clara quando o assunto é prescrição médica. Mais do que receber, ler e interpretar a receita enviada pelo médico, é obrigação do profissional orientar o consumidor quanto a forma correta de tomar o remédio, o horário certo de administrá-lo e tirar outras dúvidas sobre o medicamento que está sendo comprado. A informação é do presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, Raquel Rizzi.

- Quando alguém chega com ou sem receita na farmácia temos a obrigação de orientar. O acesso ao remédio o consumidor tem, mas tem que ser com qualidade, senão ele toma errado ou abandona o tratamento.

O farmacêutico Valmir de Santi, presidente da Comissão de Saúde Pública do CFF (Conselho Federal de Farmácia) do Paraná, diz que, mais do que orientar na hora da compra, cabe ao farmacêutico mostrar-se disponível para acompanhar o tratamento do consumidor que comprou remédio sob a sua batuta.

- Podemos orientar inclusive sobre as possibilidade do medicamento causar efeitos colaterais, como ele fará efeito, a dosagem correta e o tempo de duração.

Preparado para responder perguntas

Questionados se isso não é obrigação do médico que fez a receita, Raquel diz que ambos podem orientar, mas frisa que "quem entende de remédio é o farmacêutico, pois sabe como ele é feito". Para De Santi, a rapidez no tempo das consultas, em especial na rede pública, faz as pessoas chegarem à farmácia sem saber como tomar o medicamento prescrito. Às vezes a própria linguagem médica pode ser um entrave no entendimento da prescrição, diz o especialista.

- Vemos muito pacientes com dificuldades de entender o que o médico prescreveu para ele. Quando ele vem à farmácia é a última chance de ter uma orientação, então tem de ser adequada.

O farmacêutico está ainda habilitado a orientar o consumidor na compra de medicamentos sem prescrição, como os disponíveis para gripe, febre, dor de cabeça, azia, problemas de pele e também os fitoterápicos (feito com plantas medicinais) com função emagrecedora.

Para tanto, vale ficar atento se a farmácia tem ou não um profissional, o que é obrigatório por lei. Para saber se o estabelecimento tem um farmacêutico de plantão, peça para falar com ele ou tente notar se há um quadro na parede com o nome dele junto a um registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Caso não tenha, a farmácia, além de irregular, pode ser clandestina e deve ser autuada pela polícia.

O Conselho Federal de Farmácia não reconhece a orientação médica feita por balconistas, mesmo entre os medicamentos de venda livre. Desta forma, oferece, junto às suas regionais, canais de denúncia de estabelecimentos irregulares por telefone ou internet. Para saber mais, acesse o site e procure pelo conselho regional de seu Estado.

Fonte: R7

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