sábado, 9 de janeiro de 2010

Bactérias criam vasos sanguíneos artificiais

Veias e artérias artificiais

Uma pesquisa realizada na Universidade de Gotemburgo, na Suécia, revelou que a celulose produzida por uma bactéria poderá no futuro ser utilizada para construir vasos sanguíneos artificiais.

O material biológico oferece um risco menor de ocasionar coágulos sanguíneos do que os materiais sintéticos usados atualmente nas cirurgias de pontes de safena e implantação de stents.

Celulose bacteriana

Produzida por uma bactéria chamada Acetobacter xylinum, a celulose é forte o suficiente para suportar a pressão arterial e funciona bem em conjunto com o próprio tecido natural do corpo.

"Não há praticamente nenhuma coagulação sanguínea quando se usa a celulose bacteriana, e o sangue coagula muito mais lentamente do que com os materiais que usei como comparação," conta a bióloga molecular Helen Fink. "Isto significa que a celulose funciona muito bem em contato com o sangue e é uma alternativa muito interessante para os vasos sanguíneos artificiais."

Anticoagulante

Os vasos sanguíneos naturais possuem um revestimento interno de células que garantem que o sangue não coagule. Helen Fink e seus colegas modificaram a celulose bacteriana para que estas células aderissem melhor a ela.

"Nós usamos um método novo que permite aumentar o número de células que crescem na celulose bacteriana sem alterar a estrutura do material", disse Fink.

Atalho para o coração

Se os vasos coronários ao redor do coração são bloqueados, como resultado do endurecimento das artérias, pode ser necessário efetuar uma operação de bypass - mais conhecidas como pontes de safena, pontes mamárias etc., dependendo da origem do vaso sanguíneo utilizado para construir o atalho.

O cirurgião pega um pedaço de uma veia - por exemplo, da perna do paciente - e o utiliza para desviar o sangue ao redor da artéria endurecida.

Quando os pacientes não têm vasos sanguíneos adequados torna-se necessário utilizar um vaso sanguíneo artificial, construído com material sintético. Daí o grande interesse no novo biomaterial.

Fonte: Diario da Saude

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