quarta-feira, 1 de junho de 2011

Farmacêuticos contra o tabagismo

Nos 13 anos em que está à frente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Dr. Jaldo de Souza Santos defende a farmácia focada no paciente e que seja um estabelecimento onde são oferecidas ações de prevenção, e não somente de combate a doenças. Como parte dessa política preventiva, o CFF leva aos farmacêuticos, neste Dia Mundial Sem Tabaco (31.05), a importância do seu papel como agente de orientação e conscientização dos efeitos nocivos do tabaco.

“O farmacêutico é agente fundamental na prevenção dos males que afetam a sociedade. Uma dessas pragas é o tabaco, causador de várias doenças respiratórias e que
, em casos mais graves, pode levar à morte. E o fumante não é o único prejudicado. Aqueles que estão à sua volta, inclusive crianças, conhecidos como fumantes passivos, também, sofrem com os efeitos provocados por centenas de substâncias nocivas que compõem o cigarro”, disse o Presidente do CFF, Jaldo de Souza Santos.

MUNDO - O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável, em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população adulta, cerca de 1 bilhão e 200 milhões de pessoas, sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina, no mundo, fumam.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de mortes anuais, em 2009, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Caso as atuais tendências de consumo sejam mantidas, esses números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais, em 2030.

BRASIL – Uma pesquisa do Ministério da Saúde mostra que o Brasil avançou no controle do tabagismo. Entre 2006 e 2010, a proporção de brasileiros fumantes caiu de 16,2% para 15,1%. O percentual representa uma redução expressiva em relação ao índice de 1989, quando a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou 34,8% de fumantes na população.

Mesmo com a redução, o Presidente do CFF lembra que é importante mobilizar a sociedade em prol da saúde, prevenindo doenças, mortes, invalidez e a contaminação do meio ambiente. “O farmacêutico pode e deve orientar a população sobre os males provocados pelo cigarro e esclarecer que diversos sintomas de várias doenças podem ser potencializados devido ao consumo de tabaco. A prevenção é um dever do farmacêutico”, afirmou Souza Santos.

AMBIENTE - De acordo com informações do Inca, o ar poluído pela fumaça do cigarro contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que o ar não contaminado.

A absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem com fumantes, em ambientes fechados, aumenta em 30% o risco de câncer de pulmão e em 24% o risco de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem. O convívio de crianças com fumantes provoca a maior frequência de resfriados e infecções de ouvido; e potencializa o risco de doenças respiratórias como pneumonia e bronquite.

Souza Santos lembra que a adoção, por todo o sistema de saúde brasileiro, de medidas preventivas, além do benefício à saúde, ainda podem gerar economia aos cofres públicos. “Ao adotar políticas de prevenção e cuidado com a população, inserindo em seus serviços de saúde a assistência farmacêutica, Estados e Municípios podem contribuir para a redução dos custos decorrentes das doenças relacionadas ao tabaco que sobrecarregam todo o SUS”, completou o Presidente do CFF.

Mais informações sobre o Dia Mundial sem Tabaco, no site: http://www1.inca.gov.br/tabagismo/
 
Fonte: CFF

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