Entrevista com Maria Cecília Brito, diretora da Anvisa.
Qual o papel da Anvisa nessa questão do surto detectado na Europa?
A Anvisa tem um papel fundamental de colocar todas as ferramentas de monitoramento e informação desta área, que é a comunicação de risco, em benefício da população. É importante trabalhar a comunicação do risco e coordenar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) para que em todos os estados e os municípios, e as pessoas que atuam em Vigilância saibam como agir. Vamos continuar fazendo a análise do comportamento deste risco, avaliando as bases científicas, procurando as redes de informações e as notícias que chegam da mídia internacional. Vamos trabalhar com os portos e os aeroportos. A principal função do SNVS é vigiar todo o tempo para orientar a população sobre o que fazer.
A Anvisa mantém contato com as autoridades em saúde de outras parte do mundo para saber, em tempo real, o que está acontecendo?
Fazemos parte de duas redes importantes de informação, alimentados pelo governo brasileiro e por organismos internacionais. Uma delas é a Infosan, a Rede Internacional de Autoridades em Inocuidade de Alimentos da Organização Mundial de Saúde (OMS), da qual somos os pontos focais no Brasil e diariamente vigiamos situações novas que acontecem no mundo. Também compartilhamos com o Ministério da Saúde todas as informações obtidas no Brasil através do CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde). Com essas duas redes nós temos acesso a todas as informações necessárias para dar a melhor resposta para este tipo de risco.
O que é a bactéria E. coli?
Essa é uma bactéria que