sábado, 23 de janeiro de 2010

Profissional de Farmácia tem bom mercado de trabalho

Novos campos de atuação se abrem para o farmacêutico, que pode atuar com manipulação e pesquisa de medicamentos, cosmetologia e até com engenharia genética

Com a implementação do modelo de farmácias autosserviço, na década de 90, o farmacêutico responsável perdeu o seu espaço em favor do aumento de vendas do setor. Com isso, o balconista passou a ser chamado de farmacêutico e os medicamentos à mão do cliente acabaram por estimular a automedicação.

No entanto, desde 2009, o Ministério da Saúde e a Vigilância Sanitária (ANVISA) começaram uma ampla campanha de esclarecimento junto à população, exigindo nos rótulos dos medicamentos a recomendação "consulte um farmacêutico responsável", o que favorece o uso correto e coíbe a automedicação.

"Além disso, uma resolução - também do ano passado - ampliou o leque de atuação, permitindo ao farmacêutico trabalhar com medidas de parâmetros fisiológicos e bioquímicos em drogarias ou farmácias e prestar atendimento domiciliar, orientando os pacientes na promoção e no uso racional de medicamentos", explica a coordenadora do curso de Farmácia e Bioquímica da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), Regina Hassegawa.

Segundo a docente, a fitoterapia é outra área em que a atuação do farmacêutico tem crescido muito. O próprio Sistema Único de Saúde (SUS) oferece hoje seis novos medicamentos fitoterápicos em hospitais e postos de saúde. Além de atuar em drogarias, farmácias e na indústria farmacêutica, esse profissional pode trabalhar também na indústria de alimentos, em laboratórios de análises clínicas, em hospitais, na pesquisa clínica, no desenvolvimento e no controle da qualidade de fármacos e nos campos de cosmetologia e de engenharia genética. "É uma área promissora, com um campo de atuação cada vez maior. Tanto que a eficiência dos novos medicamentos é fruto das pesquisas realizadas por farmacêuticos", salienta Regina.

O curso de Farmácia e Bioquímica da UNINOVE tem duração de quatro anos e o seu diferencial está no fato de aliar a sólida formação teórica com a prática profissional. Na UNINOVE, o aluno tem a possibilidade de trabalhar no atendimento comunitário por meio da Farmácia Universitária e dos Laboratórios de Tecnologia Farmacêutica e de Análises Clínicas. "A vivência da prática profissional contribui para a formação do futuro farmacêutico, facilitando o seu ingresso no mercado de trabalho", conclui a professora.

Por todas essas razões, o profissional de Farmácia tem muito para festejar no próximo dia 20 de janeiro, quando se comemora o Dia do Farmacêutico. Para mais informações sobre esse e outros cursos da UNINOVE, acesse o portal www.uninove.br.

Fonte: Portal Jornal do Povo de Tres Lagoas - MS

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Excesso de sal na comida leva a alterações no músculo cardíaco


Angiotensina


Uma alimentação com elevado teor de sal propicia aumento de angiotensina no coração, o que leva ao crescimento do músculo cardíaco, conforme mostra estudo da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).


A angiotensina é um peptídeo (molécula formada por aminoácidos) presente na circulação sanguínea e em diversos órgãos, incluindo o músculo cardíaco.


Ela possui várias funções, entre as quais se podem destacar controle da pressão arterial e regulação da excreção renal de sódio. Contudo, quando há muita angiotensina no coração, ela causa crescimento celular.


Crescimento do músculo cardíaco


Joel Heimann, professor da FMUSP e orientador da pesquisa, realizada por Daniele Nunes Ferreira, explica que a multiplicação celular é desencadeada quando a angiotensina se liga a um receptor que há na superfície das células, chamado AT1.


"Essa ligação desencadeia uma série de fenômenos e acaba resultando no efeito final", diz o professor.


O efeito final é a hipertrofia do miocárdio, ou seja, crescimento da musculatura cardíaca, o que leva a isquemia (falta de suprimento sanguíneo para o tecido do coração) e fibrose (cicatriz), que proporcionam transtornos como insuficiência cardíaca.


Segundo Heimann, os sintomas de uma pessoa com tal complicação podem ser falta de ar e dor no peito. Em grau elevado, causa formação de edemas e até infarto do miocárdio.


Excesso de sal no organismo


Heimann afirma que já se sabia que excesso de sal no organismo podia levar a hipertrofia do miocárdio. Mas o professor ressalta que não se tinha o conhecimento do motivo.


Com a pesquisa de Daniele, foi possível estudar o mecanismo desencadeado pela sobrecarga de sal. Apesar disso, Heimann ressalva que "ainda não se sabe como o sal aumenta a angiotensina no coração".


Experimentos em ratos


As observações da pesquisa de Daniele foram baseadas em experimento realizado em laboratório com ratos Wistar machos. Separaram-se três grupos de ratos. Para cada grupo se aplicou uma dieta com diferentes quantidades de sal, sendo que um grupo serviu de controle, sem excesso de sal, e os outros dois tiveram uma dieta hipersódica.


Destes, um recebeu 8% de sal, ou seja, 8 gramas (g) de sal para cada 100g de ração, e o outro recebeu 4%.Verificou-se que nestes dois grupos houve hipertrofia miocárdica e considerável aumento da quantidade de angiotensina no coração.


Em parte do grupo dos ratos que recebeu mais sal na ração, foi administrado o remédio Losartan, usado para tratamento de hipertensão arterial. Observou-se que esses ratos não desenvolveram hipertrofia do miocárdio. Heimann explica que isso ocorreu porque o medicamento age bloqueando os receptores da angiotensina, o que serviu de indicativo no estudo de que a hipertrofia desenvolvida pelo sal é via angiotensina e pela ligação dela com o receptor.


Efeitos inversos


Um aspecto curioso do experimento destacado por Heimann é que já se sabia que a uma grande quantidade de sal no organismo diminui a concentração de angiotensina na circulação sanguínea, ao contrário do que ocorre no coração:


"Um dos mecanismos que está por trás da regulação renal é a angiotensina. A pessoa que come muito sal apresenta pouca angiotensina na circulação sanguínea, pois, no rim, ela impede a excreção de sódio (um dos componentes do sal). Quando a pessoa consome muito sal, a concentração sanguínea de angiotensina diminui para permitir a excreção do excesso de sal do corpo. No coração, o efeito é inverso, a angiotensina aumenta."


Heimann lembra que o experimento foi feito com ratos e que não se pode afirmar com certeza que o mecanismo funciona da mesma forma no ser humano. Porém, para o professor da FMUSP a pesquisa serve como alerta, até porque, "já se sabia que o excesso de sal pode provocar hipertrofia (no miocárdio)", diz Heimann.


Efeitos do sal no organismo


Ele também destaca que há ainda os outros problemas decorrentes da sobrecarga de sal. O mais conhecido é o aumento da pressão arterial.


O professor recorda que a alimentação da sociedade atual é propício a tais riscos: "Na primeira metade do século XX, o sal consumido pela humanidade era adicionado aos alimentos durante o seu cozimento. Hoje, boa parte está contida nos produtos industrializados. Isso é perigoso porque elês tem um conteúdo muito grande de sal, bem maior do que se usava antes no cozimento".


Além disso, Heimann afirma que as embalagens de alimentos dificilmente informam a quantidade exata do sal. "As embalagens normalmente indicam a quantidade de sódio, mas não a do sal, que é composto de sódio e cloreto. Para se ter uma ideia da quantidade total do sal, teria que multiplicar o valor indicado de sódio por 2,54".


De acordo com valor estipulado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é recomendado que a população em geral consuma, no máximo, 6g de sal por dia.

Fonte: Diario da Saude

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pedir orientação à balconista de farmácia é risco, alerta farmacêutico.

O vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia, Marcus Athila, fez um alerta nesta quarta (20), Dia do Farmacêutico, para os riscos da automedicação: “É um grande risco à saúde do paciente pedir informação a quem não é farmacêutico. O balconista está ali para vender remédios, não para orientar”.

A declaração foi dada na manhã de quarta-feira, durante uma ação social promovida pelo conselho, na Praça Afonso Pena, na Tijuca, Zona Norte do Rio, onde a população, desde às 9h, pode medir a pressão, o nível de glicose no sangue e também receber orientações dos profissionais. Tudo gratuitamente. O evento termina às 13h.

Para Athila, procurar o balconista da farmácia para pedir ajuda é uma cultura antiga. “Essa é uma mentalidade que estamos trabalhando para mudar”.

Neste dia de São Sebastião, feriado no Rio de Janeiro, com um sol forte, farmacêuticos e acadêmicos trabalhavam para atender cariocas que faziam fila na praça. Segundo Athila, são esperadas cerca de 500 pessoas.

IDOSOS SÃO MAIORIA

Dona Maria Lurdes Araújo Portela, aposentada, saiu da missa, viu as tendas brancas na praça e resolveu participar. Ela contou que é hipertensa, mas não quis revelar a idade. Só disse que está “quase com 80”.

“Minha pressão estava normal. Vi a glicose e não tenho colesterol. Eu também não como doce, não tomo refrigerante, apenas vivo”, contou ela, ao sair da praça.

Manuel Corrêa, de 81 anos, também contou que estava saindo da igreja quando decidiu saber mais informações sobre a saúde, no evento.

Segundo o vice-presidente do conselho, essa é a segunda vez que o evento é realizado. A ideia partiu de uma lei de 2008, que estabelece que o dia 11 de novembro é o Dia da Orientação Farmacêutica.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

sábado, 9 de janeiro de 2010

Bactérias criam vasos sanguíneos artificiais

Veias e artérias artificiais

Uma pesquisa realizada na Universidade de Gotemburgo, na Suécia, revelou que a celulose produzida por uma bactéria poderá no futuro ser utilizada para construir vasos sanguíneos artificiais.

O material biológico oferece um risco menor de ocasionar coágulos sanguíneos do que os materiais sintéticos usados atualmente nas cirurgias de pontes de safena e implantação de stents.

Celulose bacteriana

Produzida por uma bactéria chamada Acetobacter xylinum, a celulose é forte o suficiente para suportar a pressão arterial e funciona bem em conjunto com o próprio tecido natural do corpo.

"Não há praticamente nenhuma coagulação sanguínea quando se usa a celulose bacteriana, e o sangue coagula muito mais lentamente do que com os materiais que usei como comparação," conta a bióloga molecular Helen Fink. "Isto significa que a celulose funciona muito bem em contato com o sangue e é uma alternativa muito interessante para os vasos sanguíneos artificiais."

Anticoagulante

Os vasos sanguíneos naturais possuem um revestimento interno de células que garantem que o sangue não coagule. Helen Fink e seus colegas modificaram a celulose bacteriana para que estas células aderissem melhor a ela.

"Nós usamos um método novo que permite aumentar o número de células que crescem na celulose bacteriana sem alterar a estrutura do material", disse Fink.

Atalho para o coração

Se os vasos coronários ao redor do coração são bloqueados, como resultado do endurecimento das artérias, pode ser necessário efetuar uma operação de bypass - mais conhecidas como pontes de safena, pontes mamárias etc., dependendo da origem do vaso sanguíneo utilizado para construir o atalho.

O cirurgião pega um pedaço de uma veia - por exemplo, da perna do paciente - e o utiliza para desviar o sangue ao redor da artéria endurecida.

Quando os pacientes não têm vasos sanguíneos adequados torna-se necessário utilizar um vaso sanguíneo artificial, construído com material sintético. Daí o grande interesse no novo biomaterial.

Fonte: Diario da Saude

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