quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Em 10 anos, profissional da saúde está ganhando menos, mas trabalhando mais!

Por Gladys Ferraz Magalhães - InfoMoney

Entre os anos de 1998 e 2008, os profissionais da área da saúde passaram a trabalhar mais, contudo, estão ganhando menos.

Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (18) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) , contrariando o que vem ocorrendo em outros setores do mercado de trabalho, em dez anos, houve ampliação das jornadas dos profissionais de saúde, chegando a um acréscimo de três horas, por exemplo, dentre os empregados da rede pública da região metropolitana do Recife.

Em Belo Horizonte, também na rede pública, houve aumento de duas horas e, no Distrito Federal, de uma. Já as reduções no tempo de trabalho ficaram restritas aos empregados da esfera pública das regiões metropolitanas de Porto Alegre (-3 horas), do setor privado de Belo Horizonte (-1 hora) e do Distrito Federal (-1 hora).

Ainda no que diz respeito ao número de horas trabalhadas, o levantamento aponta ser elevada a quantidade de trabalhadores da área de saúde que, com o objetivo de compensar a perda do poder aquisitivo do salário, trabalha além da jornada legal de 44 horas semanais. Esses profissionais correspondem a mais de 20% em todas as regiões analisadas.

Salários

Apesar do crescimento na jornada de trabalho, de 1998 a 2008, os trabalhadores do setor de saúde viram suas remunerações diminuírem.

Em São Paulo, por exemplo, no ano passado, os profissionais da área ganhavam, em média, R$ 9,2 por hora; dez anos antes, este valor era de R$ 13,7, uma diferença de 32,9%.

De todas as regiões metropolitanas pesquisadas pelo Dieese, somente a de Belo Horizonte registrou alta no rendimento dos profissionais no período analisado, saindo de R$ 8,9 para R$ 9 por hora, conforme mostra a tabela a seguir:

Rendimento médio por hora

Região Metropolitana

1998

2008

Variação

Belo Horizonte

R$ 8,9

R$ 9

1,2%

Distrito Federal

R$ 15,9

R$ 14,1

- 11,3%

Porto Alegre

R$ 10,7

R$ 9,7

- 9,6%

Recife

R$ 8

R$ 6

- 25%

Salvador

R$ 10

R$ 7,9

- 21,3%

São Paulo

R$ 13,7

R$ 9,2

- 32,9%

Fonte: Dieese

Público e privado

Na maioria das regiões, a queda dos rendimentos na saúde reflete a retração dos salários em estabelecimentos privados, que registraram reduções entre 32%, em São Paulo , e 4,5%, em Recife.

Na esfera pública, por outro lado, houve queda do rendimento hora apenas em duas regiões: Recife (-23,3%) e em Belo Horizonte (-3,4%).

Comparando os dois setores, tais trajetórias provocaram significativas disparidades, sobretudo em São Paulo , onde os assalariados da esfera privada ganhavam, em 2008, o correspondente a 68,6% do salário pago no setor privado.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Atenção Farmacêuticos!
Domingo, 20/12/2009, na Avenida Atlantica - Copacabana - Posto 4, às 10:00 hs, contamos com o maior número de colegas e simpatizantes das causas farmacêuticas para mais um ato público.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Segunda pele: curativo é biodegradável e aplica antibióticos

Curativos para queimaduras

Apesar dos avanços nos tratamentos e dos melhores esforços dos médicos e enfermeiros, cerca de 70% de todas as pessoas que sofrem queimaduras muito graves morrem em decorrência das infecções associadas.

Mas um novo curativo, que pode ser embebido em antibióticos e depois se dissolve sobre a pele, poderá representar um corte dramático nessas perdas de vida.

Curativo dissolve sobre a pele

A equipe da Profa. Meital Zilberman, da Universidade de Tel Aviv, desenvolveu o novo curativo a partir de fibras especiais desenvolvidas por ela.

Estas fibras podem ser carregadas com medicamentos, como antibióticos, para acelerar o processo de cicatrização. Depois de fazer o seu trabalho, o curativo simplesmente se dissolve sobre a pele, eliminando as arriscadas operações de troca de curativos.

Um estudo publicado no Journal of Biomedical Materials Research demonstra que, depois de apenas dois dias, o curativo elimina completamente as bactérias causadoras de infecções.

"Nós desenvolvemos o primeiro curativo que é, ao mesmo tempo, capaz de liberar as drogas antibióticas e de se biodegradar de forma controlada," diz Zilberman. "Ele resolve as limitações físicas e mecânicas das técnicas de bandagens atuais e dá aos médicos uma forma melhor e mais eficaz de tratar queimaduras e herpes."

Não é tão simples quanto parece

Embora o conceito seja simples, a tecnologia não é. A pele humana tem um grande número de funções diferentes.

"As bandagens dos curativos devem manter um certo nível de umidade enquanto agem como uma proteção. Tal como a pele, elas também devem permitir que os fluidos do ferimento deixem o tecido infectado em um ritmo muito preciso. Não pode ser muito rápido e nem muito lento. Se for rápido demais, o ferimento irá secar e a cicatrização não será bem feita. Se for muito lento, aumenta o risco de infecção," explica a pesquisadora.

Replicar todas essas funcionalidades exigiu que a nova bandagem fosse projetada desde as fibras com que ela é tecida. Combinando as propriedades físicas e mecânicas com uma capacidade de liberação controlada de antibióticos, o novo curativo, que ainda não tem data para chegar ao mercado, comprovou ser capaz de proteger adequadamente o corpo e imitar as funções da pele.

Fonte: Diario da Saude

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