sábado, 25 de outubro de 2008

Precaução suspende comercialização de medicamento para obesidade

Acomplia, da sanofi-aventis, pode ter efeitos colaterais psiquiátricos.Falta de cuidado dos pacientes explica, em parte, reações adversas.


A companhia farmacêutica sanofi-aventis decidiu acatar recomendação da Agência de Medicamentos da Europa (EMEA) e suspender a venda do rimonabanto (nome comercial: Acomplia) em todo o mundo, inclusive no Brasil. O rimonabanto chegou ao mercado mundial em junho de 2006, liberado pela mesma agência européia, após resultados animadores em estudos clínicos de tratamento da obesidade.


O medicamento, nos testes realizados com milhares de pacientes, foi capaz de auxiliar na redução de peso, melhorar os níveis de gordura no sangue e facilitar o tratamento de diabetes. O que preocupava os médicos, o fabricante e as agências reguladoras era o fato de que o uso do rimonabanto, durante as pesquisas, mostrou que existia uma limitação de sua utilidade em pacientes com problemas psiquiátricos, notadamente depressão.


Qualquer medicamento lançado no mercado deve ser acompanhado após o início de sua comercialização, pois seus resultados no mundo real podem ser diferentes dos obtidos nos grupos controlados dos trabalhos científicos. Essa preocupação vêm se tornando cada vez maior depois que novas drogas tiveram de ser retiradas de circulação pela constatação de conseqüências inesperadas do seu uso.


A recomendação da agência européia para a suspensão da venda do Acomplia veio justamente depois da revisão dos dados coletados, não só do uso da substância no mundo todo como também de novos estudos que ainda estão em andamento. Especialistas em doenças cardiovasculares, diabetes e doenças psiquiátricas convocados pelo EMEA para rever todos os dados disponíveis sobre o rimonabanto chegaram a uma conclusão. A droga pode auxiliar o redução de peso em pacientes obesos ou com sobrepeso, porém sua utilização pelos médicos e pacientes não vem seguindo as recomendações estabelecidas e pode aumentar o risco de problemas graves.


Os dados de utilização mostraram que os pacientes usam o medicamento por um tempo menor do que o indicado e que pacientes com problemas psiquiátricos ou em risco de desenvolvê-los estão usando o remédio, embora exista uma clara recomendação de isso não seja feito.
Em nosso país o problema pode ser maior ainda. Os mecanismos de controle de venda sabidamente não são os mais eficientes e muitos médicos cedem à solicitação de pacientes para prescrição de drogas novas que muitas vezes não conhecem. A indicação dos europeus, que deve ser seguida, é de que os pacientes que estão utilizando o remédio devem conversar com seus médicos sobre seus fatores de risco e programar sua nova prescrição.


Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN


Leia mais Saúde em foco


Fonte: <http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL834820-5603,00-PRECAUCAO+SUSPENDE+COMERCIALIZACAO+DE+MEDICAMENTO+PARA+OBESIDADE.html>

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

UBM LANÇA O CIM – CENTRO DE INFORMAÇÃO SOBRE MEDICAMENTOS

O CIM-UBM é um projeto desenvolvido pelo curso de Farmácia do UBM para os acadêmicos do curso adquirir experiência em assistência farmacêutica. Sob orientação da coordenadora do curso Drª Nilza Mª Tavares Gonçalves e do professor Dr. Sebastião de Lima Coelho os acadêmicos do curso prestam esclarecimentos sobre interações medicamentosas, efeitos colaterais, posologia e uso racional de medicamentos. Mediante um cadastro do paciente, feito gratuitamente por telefone, e-mail ou na Farmácia Escola do UBM, os responsáveis esclarecem as duvidas mais diversas sobre medicamentos.


Contatos do CIM:


Tel: (24) 3325-0296

E-mail: centro.medicamentos@ubm.br



sábado, 4 de outubro de 2008

Ministério da Saúde incluirá novo medicamento no coquetel anti-Aids

O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira que incluirá o medicamento Raltegravir na lista de anti-retrovirais fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da Aids. A decisão da Comissão de Incorporação de Tecnologias (Citec) já foi ratificada pelo ministro José Gomes Temporão. O coquetel anti-Aids, como é popularmente conhecida a terapia, é responsável pela melhoria da qualidade de vida dos pacientes portadores do vírus HIV, e é formado ao todo por 17 produtos.

De acordo com o ministério, em meados de setembro, o Comitê Assessor de Terapia Anti-retroviral de Adultos, ligado ao Programa Nacional de DST e Aids, já havia avaliado e recomendado a inclusão do medicamento. A partir de agora, iniciam-se as negociações com o laboratório Merck Sharp & Dohme para a aquisição dos comprimidos importados.

O medicamento Raltegravir faz parte de uma nova classe de agentes anti-retrovirais, chamada de inibidores de integrase. Ele impede a inserção do DNA viral do HIV no DNA humano. Trata-se de um novo mecanismo, que reduz a capacidade do vírus da aids de se replicar e infectar novas células.

- Essa é uma alternativa para melhorar a qualidade de vida de quem já não responde ao tratamento disponível - afirma o diretor-adjunto do Programa Nacional de DST e Aids, Eduardo Barbosa.

O Ministério da Saúde informou que os beneficiados serão os que já desenvolveram multirresistência a outros remédios e, por isso, estão em falência imunológica. A expectativa é que até o fim de 2009, mil pacientes tenham a droga no tratamento. A prescrição será feita a cada pessoa por seu próprio médico. Brasil começará a produzir anti-retroviral que teve patente quebrada.

Há cerca de 15 dias, o ministério da Saúde anunciou que o Brasil já desenvolveu o anti-retroviral Efravirenz, medicamento que é utilizado por cerca de 80 mil dos 200 mil portadores do vírus HIV no Brasil. O remédio, que compõe o coquetel anti-Aids, foi desenvolvido pelo laboratórios Farmanguinhos, da Fiocruz, e antes de começar a ser produzido, o anti-retroviral precisa do registro da Anvisa.

A previsão de Temporão é que no primeiro semestre de 2009 o Brasil já produza para consumo interno. O Efavirenz - que foi desenvolvido pelo Merck, Sharp & Dohme - teve sua patente quebrada no ano passado pelo governo brasileiro devido ao alto custo cobrado pelo laboratório internacional.
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